José Dumont é retirado do elenco de 'Todas as Flores' após ser preso em flagrante por armazenamento de pornografia infantilReprodução

Rio – O ator José Dumont virou réu pelo crime de estupro de vulnerável após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitar a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), feita na sexta-feira passada (4), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área de Botafogo e Copacabana. Anteriormente, Dumont já havia sido acusado de armazenamento de material infantojuvenil. 
O Juízo da 33ª Vara Criminal da Capital aceitou a denúncia por estupro de vulnerável contra o ator de 72 anos, mas recusou o pedido para Dumont voltar à prisão. Ele chegou a ser preso em flagrante em setembro por armazenar material pornográfico infantil, mas foi solto no dia 12 de outubro, justamente no Dia das Crianças. Na ocasião, a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica.
No dia 16 de outubro, alguns dias depois, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) pediu a prisão preventiva do ator, por causa do avanço das investigações, que reuniu evidências para comprovar o estupro de vulnerável que teria sido cometido pelo homem.
A suspeita motivou as primeiras apurações envolvendo Dumont, mas, na ocasião, os agentes da especializada só obtiveram um mandado de busca e apreensão em sua residência. Porém, o pedido não foi concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O novo pedido feito na última sexta-feira (4) reforçava a solicitação da Polícia Civil feita no dia 16 de outubro.

Relembre o caso
No dia 15 de setembro, o ator foi preso em flagrante por posse de material pornográfico envolvendo crianças. Investigado por crime de pedofilia, José Dumont, que recentemente trabalhou na novela 'Nos Tempos do Imperador', da Rede Globo, teve a sua casa como alvo de um mandado de busca e apreensão, motivado por um suposto estupro contra um menor de 12 anos.

O artista teria oferecido ajuda financeira ao adolescente e mantido relação de carícias com ele, sendo uma das interações flagrada por uma câmera de segurança. O registro serviu de base para a investigação e, durante as buscas, os agentes encontraram um comprovante de depósito bancário para a vítima. Na ocasião, vídeos contendo relações sexuais entre crianças também foram encontrados em aparelhos na casa do ator.

Em sua defesa, o artista argumentou que armazenava o material para fazer uma pesquisa relacionada à sua atuação profissional. No entanto, depois de relatório técnico e pericial dos equipamentos, foi verificada a natureza do material e a responsabilização criminal do ator pelo conteúdo. A prisão dele foi convertida em preventiva no dia 16 de setembro, após audiência de custódia, e a 1ª Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescente, aceitou denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) no dia 23 do mesmo mês.

Entretanto, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou a soltura do ator, que deixou a prisão Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte do Rio, na manhã da última quarta-feira (12) e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A decisão entendeu que a prisão preventiva precisava ser revogada, pois o ator está sendo processado pelo crime de armazenamento de imagens de cenas pornográficas e, de acordo com o Código de Processo Penal, nestes casos, não cabe a prisão preventiva.