Rio – A Cozinha Comunitária Carioca do Tanque, na Zona Oeste do Rio, será a primeira da cidade a servir também jantar para a população carente. A previsão é de que sejam servidas 11.200 refeições por mês. A antiga colônia de portadores de hanseníase do Hospital Curupaiti será beneficiada pela novidade.
A cozinha é parte do programa Prato Feito Carioca, política pública da prefeitura de combate à fome, criado para diminuir os efeitos sociais da crise econômica e da pandemia. Em quatro meses, já foram disponibilizadas 703 mil refeições em vários pontos da cidade, sendo pouco mais de metade delas nas 15 Cozinhas Comunitárias Cariocas existentes.
Localizadas em pontos estratégicos, elas preparam e fornecem, diariamente, refeições balanceadas e seguras para famílias em situação de extrema pobreza. São oferecidos, em média, 5.600 pratos de comida por mês em cada local.
“A Cozinha Comunitária Carioca do Tanque é um bom exemplo de que estamos avançando com o Programa Prato Feito Carioca, oferecendo também o jantar”, ressalta Maria Domingas Pucú, secretária de Assistência Social da Prefeitura do Rio.
Previstas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), criado em 2006, nenhuma cidade brasileira tinha implementado de forma sistemática até então as cozinhas comunitárias. Cada uma recebe apoio operacional e técnico para oferecer refeições nutritivas e balanceadas, respeitando as normas de manipulação de alimentos do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária. A Secretaria Municipal de Assistência Social é responsável pelo fornecimento de equipamentos e alimentos.
Cartão Prato Feito Carioca
Além das cozinhas, o programa Prato Feito Carioca disponibiliza um cartão magnético à população que se encontra em situação de insegurança alimentar. Ele assegura ao beneficiário uma refeição por dia em qualquer bar ou restaurante conveniado, mesmo longe de sua casa. É possível tanto comer no estabelecimento, com levar a quentinha para onde quiser.
Ao todo, já foram distribuídas mais de 206 mil refeições por meio do cartão que, entre julho e setembro, chegou às mãos de cinco mil trabalhadores informais pela cidade. Para ser elegível ao benefício, é necessário ter uma renda mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210 e estar inscrito no CadÚnico, cadastro de programas sociais federais.
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