Agentes do Batalhão de Choque ocuparam a Comunidade do Santuário, no Complexo da MangueirinhaDivulgação / Polícia Militar

Rio - Os agentes da Polícia Militar continuarão em operação no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, por tempo indeterminado. Nesta segunda-feira (7), a Comunidade do Santuário foi ocupada pela equipe do Batalhão de Choque. Policiais do 15º BPM (Caxias), Comando de Operações Especiais (COE) e 3º Comando de Policiamento de Área (Baixada Fluminense) também atuam no local.
Os cabos do 20º BPM (Mesquita) Raphael Queles Teixeira Cardoso, de 34 anos, e Leandro dos Santos Lopes, 36, foram mortos nesta segunda durante uma ação na comunidade.
O confronto começou ainda na parte da manhã, quando as viaturas foram atacadas a tiros por criminosos em um dos acessos da comunidade. Os policiais chegaram a ser socorridos ao Hospital Adão Pereira Nunes, mas não resistiram aos ferimentos.
Além deles, outros dois agentes também ficaram feridos durante a operação. O PM Fábio dos Santos Teles deu entrada na sala de emergência do Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo com ferimentos de bala no punho e mão esquerdos.
Já o quarto ferido, identificado como primeiro-tenente Marques, teve ferimentos leves no rosto e no ombro esquerdo. Ele foi atendido no Hospital Adão Pereira Nunes e liberado na sequência. 
Familiares e colegas de farda dos policiais foram até a unidade de saúde após receberem a notícia da morte. Sob forte emoção, muitos choravam na porta do hospital.
Nas redes sociais, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário estadual da Polícia Militar, publicou uma foto com símbolo de luto e a data das mortes. À tarde, ele participou de uma reunião com os comandantes do 15º BPM (Duque de Caxias) e do 20º BPM (Mesquita) no batalhão de Caxias para debater sobre medidas operacionais. 
A deputada federal Major Fabiana (PL) também se pronunciou. "Não posso dizer bom dia hoje. Nós, Policiais e toda a sociedade de bem, amanhecemos de luto. A PM deveria ter a responsabilidade pelo planejamento para empregar recursos próprios para que viaturas fossem blindadas, pelo menos a parte frontal. Quantos milhões de verbas foram devolvidos ao Governo Federal por falta de projetos dos gestores da corporação", lamentou.
Em outra publicação, o deputado federal Gurgel (PL) ressaltou a violência diária sofrida pela população do Rio de Janeiro. "Lamentavelmente, perdemos mais dois guerreiros nessa guerra covarde que vivemos diariamente. Os cabos Raphael Queles Teixeira Cardoso e Leandro dos Santos Lopes foram atacados enquanto faziam uma incursão no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caixas", comentou.