Navio São Luiz ancorado entre armazéns 13 e 14 do Porto do RioMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - A Polícia Federal resgatou, em novembro de 2021, dois marinheiros em situação análoga à escravidão do navio São Luiz, que colidiu com a Ponte Rio-Niterói na tarde da última segunda-feira (14). Na ocasião, a operação na embarcação, que está abandonada na Baía de Guanabara desde 2016, contou com a apoio de Auditores do Trabalho. 
A embarcação, construída em 1994 no Brasil, realizou sua última viagem de Porto Alegre ao Rio de Janeiro. Desde então, ela estava aportada próximo ao bairro do Caju, na Zona Portuária. Até 2018, havia registros tripulação a bordo, mas, depois disso, as informações são incertas ao seu respeito. O navio, de 200 metros de extensão e 30 metros de largura, tornou-se um fantasma na Baía.
A colisão do cargueiro com a Ponte Rio-Niterói provocou o fechamento nos dois sentidos da via por cerca de 4 horas, formando um engarrafamento de 19 km na região. A vistoria realizada por engenheiros da Ecoponte concluiu que o impacto não causou comprometimento em sua estrutura. Já o guarda-corpo ficou danificado e passará por reforma.
O navio foi rebocado e levado para o Porto do Rio, onde está atracado. Três rebocadores participaram do trabalho dessa retirada.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que vai abrir um inquérito para apurar o que provocou o acidente. Além disso, explicou que a destinação da embarcação é objeto de processo judicial.