Teatro Carlos Gomes passa por reforma Divulgação

Rio - A Prefeitura do Rio deu início às obras de revitalização do Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, no Centro, nesta quarta-feira (16). O espaço carioca das artes cênicas, com 150 anos recém-completados, receberá restauração e adequações para acessibilidade, que irão facilitar e garantir a entrada de pessoas com deficiência. O investimento será de R$ 8,3 milhões e o prazo para a conclusão dos serviços é de 15 meses.
A modernização de um dos mais tradicionais teatros do país se dá em continuidade à recuperação dos equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Secretaria de Infraestrutura e da Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe).
“Estamos preparando o Carlos Gomes para ser o principal teatro da cidade nos próximos 50 anos, com sua veia popular mantida, um teatro de temporada. Vamos aumentar sua capacidade, passando de 685 para 755 lugares. Vamos modernizar os elevadores e também criar acessibilidade para o palco. Enquanto a obra estiver acontecendo, o equipamento vai estar aberto à visitação do público”, disse o secretário de Cultura, Marcus Faustini.
Estão previstas no projeto de restauração do teatro a revitalização do Salão Guarani, a instalação de novos sistemas de climatização e de prevenção e combate a incêndios e a modernização dos elevadores do prédio. Além disso, haverá a recuperação das instalações elétricas, hidráulicas e de esgoto, assim como dos camarins, das salas técnicas e da plateia.
A ideia é transformar o Carlos Gomes num teatro tecnológico, com coworking e rede wi-fi. O local tem ainda espaço para cafeteria e copa. O equipamento ocupa um imóvel tombado pelo município por sua importância arquitetônica, histórica e cultural, e faz parte dos Circuitos do Patrimônio Cultural do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
O Carlos Gomes é considerado um dos mais antigos e importantes teatros da cidade, tendo começado suas atividades antes mesmo do Theatro Municipal (1909). Inaugurado em 1872, com o nome Casino Franco-Brésilien, já se chamou também Teatro Santana até que, no início do século XX, foi rebatizado em homenagem a Carlos Gomes, o mais importante compositor de ópera do Brasil, autor de “O Guarani”.
Em 1929, o teatro sofreu o primeiro incêndio. O prédio foi, então, reconstruído no atual estilo art déco. O local pegou fogo outras duas vezes, em 1950 e 1960. Em 1988, foi comprado pela Prefeitura do Rio e entregue à população em 1992, depois da sua última grande reforma estrutural.
No icônico palco do teatro já pisaram grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Grande Otelo, Eva Todor, Bibi Ferreira, Vicente Celestino, Dulcina de Moraes, Procópio Ferreira e Elke Maravilha.