A operação foi realizada por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)Reprodução
De acordo com o MPRJ, as investigações tiveram início após a apreensão, com Ben 10, durante uma abordagem policial realizada no ano passado, de um caderno contendo anotações do tráfico, além do aparelho celular do denunciado. Após ter sido deferida a quebra de sigilo de dados do telefone apreendido, foram extraídos arquivos de conversas, áudios, vídeos, fotografias, agenda telefônica e histórico de chamadas, que demonstraram que Ben 10, além de líder de uma organização criminosa integrante da facção do Terceiro Comando Puro (TCP), também é o principal narcotraficante em atuação no extremo norte do estado, abrangendo as cidades do Norte e Noroeste Fluminense, bem como outras da região sul do Espírito Santo.
Os dados obtidos pelos investigadores demonstraram que os 56 denunciados, liderados por Ben 10, fazem parte de um grupo criminoso que atua de forma generalista para traficar entorpecentes, com a presença de gerentes gerais, e que, através das ordens do seu líder, também estão envolvidos na prática de homicídios, motivados pela disputa do tráfico nas áreas dominadas pela organização.
“É importante salientar que Wescley exerce o comando pleno das organizações, ainda que eventualmente não atue diretamente na prática de atos de execução propriamente ditos, a venda do material entorpecente, sendo o responsável pela constituição da célula criminosa que atua na atividade ilícita na região e pelo comando desta. Também é importante se ter em conta que o investigado está associado a vários grupos delimitados territorialmente, tendo cada um destes uma liderança e organização locais e, como líder maior, o citado Wescley”, destaca um dos trechos do pedido de prisão temporária encaminhado à 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes.
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