Catiri foi morto ao sair de uma casa na comunidade onde havia instalado uma academia de ginásticaReprodução

Rio – Um homem apontado como o chefe de uma milícia que atua na Zona Oeste e Norte foi morto, neste sábado (19), em Del Castilho. Marcos Antônio Martins, conhecido como Marquinho Catiri, chegou a ser levado com vida ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com informações iniciais, o suspeito foi morto ao sair de uma casa na comunidade da Guarda, no bairro da Zona Norte. Pelo menos seis homens alugaram uma casa próxima e fizeram uma emboscada quando ele saiu do local.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 3º BPM (Méier) foram acionados na manhã deste sábado para verificar relato de disparos causados por um confronto entre criminosos na comunidade; No local, a equipe policial encontrou o suspeito ferido e o socorreram. Policiais do 3º BPM seguem em policiamento na região.
Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Diligências estão sendo realizadas para identificar os autores do crime e esclarecer os fatos.
Marquinho Catiri é o principal suspeito de chefiar uma grupo paramilitar que age nas Zonas Norte e Oeste do Rio. Na favela do Catiri, em Bangu, os criminosos utilizam o aterro sanitário de Gericinó, vizinho ao complexo penitenciário homônimo, como local de descarte dos corpos de desafetos. A informação consta em um inquérito remetido à Justiça pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), em 2016.
O grupo paramilitar atua em Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste, em Del Castilho e no Engenho de Dentro, na Zona Norte, nas comunidades, Águia de Ouro, do Guarda, Fernão Cardim, Belém-Belém e algumas favelas vizinhas. Os milicianos exploram permissionários de linhas de transporte alternativo, a segurança clandestina, imposta a moradores, comerciantes e empresas.
Preso em 2018
Em outubro de 2018, Marquinho Catiri foi preso por agentes da Draco. Na época, ele estava acompanhado de três PMs: um agente da ativa, lotado na UPP São Carlos, identificado como cabo Bruno Ramalho; outro policial militar da reserva, Pedro Paulo dos Santos; além do militar do Exército — que de acordo com a Polícia Civil estariam fazendo a segurança do miliciano. Todos foram detidos em uma academia de ginástica no Shopping Nova América, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio.
No dia da prisão de Catiri, os agentes ainda encontraram quatro pistolas, todas elas com carregadores, joias e uma quantia em dinheiro que estava no carro do miliciano.