Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio, onde parentes irão para a coleta de material para exame de DNALetycia Rocha (RC24h)

Rio - A Polícia Civil e familiares dos militares Sidney Lins dos Santos Junior e Júlio César Mikaloski aguardam o resultado da coleta de DNA para confirmar se os corpos encontrados carbonizados dentro de um carro na Estrada da Caveira, em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos do Rio, pertencem a eles. Parentes estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio nesta segunda-feira (5), mas ainda não conseguiram a confirmação das identidades para agendar o sepultamento.
O crime está sendo investigado pela 125ª DP (São Pedro da Aldeia). Agentes da distrital buscam imagens de câmeras de segurança e ouvem testemunhas. Diligências também estão em andamento para apurar a autoria do crime. De acordo com o delegado da distrital, Milton Siqueira Junior, a Polícia Civil só confirmará a identificação das vítimas após o resultado do DNA.
Nas redes sociais, familiares e amigos do sargento do Exército Júlio César acreditam que ele seja uma das vítimas fatais do crime brutal. Dezenas de mensagens de despedidas foram publicadas: "Neste dia estamos muito tristes com sua perda, mas isso só nos fortalece porque Deus o recebeu de braços abertos. Estamos chorando, sim estamos, mas com a esperança que iremos nos encontrar um dia e que seu legado de bondade, justiça, misericórdia atrele nossos corações. Que seus filhos sejam sempre a mensagem de amor e carinho no gesto simples. Deus fará justiça!"; "Privilégio de conhecer esse primo de perto... um rapaz tranquilo e da paz", escreveram parentes de Júlio César.
Júlio é morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e teria ido com o militar da Marinha, ainda não identificado, para Cabo Frio, também na Região dos Lagos, assistir à partida entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo. Ao retornar para casa, teriam errado o caminho em São Pedro da Aldeia quando foram abordados pelos criminosos.
Procurado, o Comando Militar do Leste afirmou que o caso está a cargo dos órgãos de segurança pública e que não cabe comentar sobre as investigações em andamento. "Neste momento de consternação, o CML está prestando todo o apoio à família e solidariza-se com os familiares e amigos", disse em nota a instituição. A Marinha do Brasil ainda não se pronunciou sobre o caso.