Rosemary Bohrer em Copa, com visual no estilo da cantoraRenan Areias
Como de costume, a cantora promete não só um espetáculo em termos musicais, mas também visuais. A expectativa dos fãs é que a apresentação seja a maior da história. Para o arquiteto e morador do bairro, Luís Cláudio Moreira, de 58 anos, o show vai ser um marco na vida da artista.
O palco está sendo montado em frente ao hotel Copacabana Palace, como acontece no Réveillon, e a apresentação tem previsão para começar entre 21h30 e 21h45. Para quem preferir evitar a multidão e apenas ouvir o show haverá torres de som atrás do palco. Haverá DJs tocando a partir das 19h. Às 20h, assume o DJ Diplo. O show da cantora deve terminar às 23h45. Esta será a quarta apresentação da artista no Brasil, na volta ao país após 12 anos.
A contagem regressiva para o espetáculo deixa todo fã com o coração acelerado e a a ansiedade contagia os que se preparam para ir até a praia carioca. De quepe e com uma bolsa com o nome da cantora, a funcionário pública aposentada, Rosemary de Oliveira Bohrer, de 69 anos, contou que tem acompanhado diariamente a montagem do palco. "Eu não estou nem conseguindo dormir de tanta ansiedade, eu vim todos os dias aqui pra ver o andamento da montagem do palco da nossa diva rainha. Vai ser um marco na minha vida assistir um show dela no Rio", disse.
'Four Minutes' e 'Like a Virgin' são as músicas favoritas da cabeleireira Juliane Alves, de 35 anos. Fã da cantora há quase 20 anos, a maranhense se mudou para o Rio no fim do ano passado e escolheu um apartamento próximo ao palco para conseguir aproveitar de perto. "Eu gosto bastante dela e sou fã demais, tenho minhas músicas favoritas, mas venho para curtir todas aqui. Eu vim do Maranhão no fim do ano e me mudei pra pertinho daqui para o show dela. Acho que a apresentação vai ser um marco na cidade do Rio, já que ela é a Rainha do Pop", disse.
Suely Damasceno, de 58 anos, é aposentada e veio de São Paulo para um passeio de excursão. No entanto, quando soube do show optou por adiar a volta e ficar para assistir a Rainha do Pop de perto. "Ela é da minha época, temos quase a mesma faixa de idade e não tem como não gostar. Vai ser um marco porque é o fim da turnê no Brasil e no Rio, então vai ser incrível. Muita gente queria que fosse em São Paulo, mas os cariocas que ganharam esse privilégio. Conheço muita gente que está vindo de vários lugares só pra assistir o show", contou.
Diretamente de Salvador, na Bahia, o publicitário Victor Dias, de 35 anos, veio ao Rio para marcar presença no show da cantora. A vontade do rapaz é que seja uma noite tranquila e segura. No entanto, o medo dos roubos e furtos permanece. "A gente quer aproveitar o momento, é um marco histórico, é um show histórico. Por trás dele tem muita representatividade, a Madonna é um ícone, então com certeza vai ser um espetáculo. Eu espero ter um momento tranquilo e seguro, mas a gente conhece a realidade do Rio de Janeiro e sabe como é. A gente vai vir protegido contra eventualidades e esperar que dê tudo certo", enfatizou.
A Polícia Militar mobilizou 3,2 mil agentes para o dia do espetáculo. Ao todo, serão 150 pontos de bloqueios e 18 pontos de revista com detectores de metal nos acessos à praia. Os policiais vão operar com 12 câmeras de reconhecimento facial, 64 viaturas, 4 drones e 65 torres de observação. Todo o material gerado pelos equipamentos, além das câmeras dos policiais, será transmitido no Centro de Inteligência de Comando e Controle montado na Praça do Lido, em Copacabana. A corporação já começou a fazer rondas para evitar acampamentos nas areias.
Além de fãs de outros estados, admiradores de outros países também vão assistir o espetáculo de Madonna na noite histórica. Como é o caso da costureira uruguaia Estella Mello, de 61 anos, que veio parar curtir com os amigos. “Estou ansiosa demais, eu sempre venho passar cinco meses aqui porque minha mãe era brasileira e meu pai uruguaio. Eu digo que já sou brasileira também, e esse show não tem como perder. Fui inteligente em comprar as passagens antes porque conheço muita gente que quer vir e não consegue porque ou está esgotado ou muito caro. Acho que vai ser o maior dos maiores show, vai ser bom demais, é histórico, vou aproveitar muito", ressaltou.
Apesar da alta expectativa dos fãs, para alguns moradores do bairro, a operação montada para a apresentação gera grandes transtornos, como é o caso da pedagoga Olga Avellar, de 75 anos, que não consegue sair de casa em dias de mega eventos na praia. "Aqui fica muito tumulto e é perigoso, o som não incomoda tanto porque moro no posto 6, mas incomoda o trânsito, de fechar tudo e não conseguir circular. É desconfortável quando tem show aqui por conta da falta de segurança e ainda mais um show desse porte, como o Réveillon, mas as pessoas gostam porque é gratuito. Então a gente também precisa pensar nos outros que não tem chance de pagar pra ir. O importante é que eles aproveitem muito", disse.
Dois dias antes do show, o estacionamento será proibido em quase todas as vias do bairro. Ao todo, são 3 mil vagas interditadas. No dia da apresentação, a pista junto à areia da Avenida Atlântica será fechada a partir das 7h da manhã, assim como já acontece aos domingos e feriados, no esquema de área de lazer. A partir das 11h, a outra pista mais próxima aos prédios também terá o fluxo suspenso. Apenas táxis e ônibus poderão acessar o bairro a partir das 18h. Uma hora depois, Copacabana estará totalmente fechada ao trânsito. Os acessos serão reabertos às 4h, com a dispersão do público.
O metrô vai funcionar até 4h. O esquema estendido será nas estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo. As demais estações do sistema funcionarão normalmente, das 5h à meia-noite, e após o horário habitual de fechamento, ficarão abertas apenas para desembarque dos passageiros.
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