“Será que essa operação aí na Maré não foi para favorecer ou prejudicar algum candidato?”.  Muito se questionou sobre essa última operação das polícias anteontem, se foi uma ação política ou não…. E já que o meu papel aqui nesta coluna é dar opinião, então lá vai. Eu não acredito em estratégia política. Todas as ações, na verdade, são faltas de políticas públicas! Essa é a realidade.

A PM sustenta, em nota oficial, e a gente segue a nota, de que foi uma ação para evitar invasão de facção contra outra facção. Na minha opinião, a polícia tinha informação e inteligência de que os grandes chefões estavam naquela região, e deu o bote. Errada não está! E se o trabalho da polícia é prender vagabundo, que assim seja feito.

O grande problema é que essas facções estão fortemente armadas, e foram pegas de surpresa, por isso que gerou um tiroteio sustentado durante toda a manhã. Se não fossem pegos de surpresa, não sustentariam…

Agora, o efeito colateral disso é: policiais na ponta, as pessoas indo ao trabalho na via expressa, e é óbvio, a população que tem pavor de bala! População essa que inclusive foi feita de refém de bandidos, para evitar mortes.

O que se tem que ter é política efetiva e ocupação de territórios, para que se enfraqueçam essas lideranças e minimizem os efeitos colaterais! E a polícia também tem que entender que é preciso respeitar que a maioria que vive em comunidades é trabalhador, mesmo tendo consciência que o trabalho de front é sensível.

Essa história de que polícia é inimiga do morador, trabalhador de bem da favela, só beneficia o discurso político, que em nada quer saber quem é a vítima, mas de onde veio tiro, e os traficantes que querem continuar dominando os territórios cariocas. E no meio disso tudo, as duas pontas mais frágeis: o policial e o morador da comunidade.
PINGO NO I
Seja em reality show, na internet ou no campo político, é lamentável a gente ver a quantidade de mulheres que atacam outras mulheres por conta de divergências ou opiniões contrárias.
São tantos exemplos nos últimos meses, que se eu fosse escrever, precisaria de páginas… Cadê a sororidade? Cadê a mulherada que “levanta outras mulheres”? É muito bonita no papel, mas a realidade é diferente?! Eu não aceito que seja!

A gente já cansou de falar por aqui: idade, padrão de beleza, roupas que vestimos, nada disso reflete nas mulheres que somos. Ninguém percebe que esse tipo de discurso só fortalece o machismo que a gente briga o tempo inteiro pra destruir?! É jogar contra nós mesmas!
A mulher tá sempre na ponta da tragédia! Só observem a quantidade de feminicídios que a gente vê por aí… “Ah, mas fulana vota em candidato que eu não voto”… Me desculpa, mas dane-se! E eu tô falando isso para todos os lados dessa polarização que só separa.

É momento de união, garotas. Estamos na reta final de uma corrida eleitoral onde nós damos as cartas! O maior eleitorado é nosso. Feminismo é luta para se lutar junto. Ou melhor, juntas.
TÁ FEIO!

Passageiros se equilibram em BRT sem porta no RecreioIsabele Benito

A imagem não tá muito boa, mas fui eu que fiz e vem a calhar bem no dia que a prefeitura apresentou o novo BRT, que começou a chegar por aqui. Maravilha, ônibus lindo, mas os outros precisam chegar o quanto antes.

O povo, literalmente, se pendura pra sobreviver! Olha a situação desse ônibus… Sequer tem porta! A gente fala tanto em prevenção, segurança, e o povo que mais precisa, não tem!
Sabemos que toque de mágica não existe, produzir novos ônibus é claro que demanda muito tempo… Eles estão chegando, mas a paciência da galera tá no limite!

Que fique bem claro que aqui ninguém torce contra, pelo contrário! Mas a real é que um único novo ônibus ainda não resolve a situação da população. Eu sei disso, o povo sabe e a prefeitura com certeza também.
Que todo mundo continue em cima desse “choque de ordem” num serviço tão necessário para o passageiro, desde que com mais agilidade. Ninguém aguenta mais pagar caro e sofrer do jeito que sofre.

Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Corre com essa nova frota aí, e tenho dito!