Por luana.benedito
Rio - Do interior do estado para o mundo. Vários cidadãos fluminenses, que se destacam em diversas áreas de atuação, estão contribuindo para elevar o nome do Brasil planeta afora. É o caso de João Paulo Lammoglia, de 32 anos, de Volta Redonda, no Sul do estado. Designer de produtos, ele está em Londres, no Reino Unido, onde defende um projeto que chama a atenção da comunidade médica e científica.
João Lammoglia%2C de Volta Redonda%2C e seu cinto%2C que pode ajudar milhões de pessoas com esclerose múltiplaDivulgação

“De nome ‘Paadje’, meu projeto, um cinto abdominal com um miniprojetor de imagens interativas, está entre os três finalistas da competição internacional The World vs MS (O Mundo Contra a Esclerose Múltipla). Ele foi concebido durante a minha tese de mestrado e poderá ajudar milhões de pessoas com esclerose múltipla que apresentam problemas de mobilidade”, destaca João, que concorre a um prêmio de 100 mil euros (R$ 340 mil), valor que será utilizado exclusivamente no desenvolvimento do projeto.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune — ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Com causas desconhecidas, a enfermidade atinge não raramente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos.

A alteração do equilíbrio da coordenação motora é uma das principais consequências da esclerose múltipla. Daí a importância do Paadje. O dispositivo tem como objetivo melhorar a marcha (o caminhar) dos pacientes através de imagens interativas projetadas no chão, com o intuito de guiá-los em um trajeto contínuo e seguro.
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O Paadje também possui um aplicativo que conecta informações com o médico responsável, que pode fornecer diferentes tipos de treinamentos e exercícios ao paciente. Para conhecer e votar no projeto de João, o interessado deve acessar o site www.theworldvsms.com e votar, até o próximo dia 1º, na “ideia de João Paadje".
Já o professor de Biologia do Ciep 456 (Marco Polo), do Colégio Santa Clara e do campus da UFRJ de Três Rios, no Centro-Sul Fluminense, Saulo Paschoaletto, 35 anos, acabou de receber, na Inglaterra, um prêmio de educação científica do Consulado Britânico, em parceria com a Shell.
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Ele havia ficado em 1º lugar na terceira edição do Prêmio de Educação Científica e Ensino Médio do estado. O projeto, voltado para a área de Eletroquímica, levou mais de 100 alunos a construírem protótipos de pilhas e baterias. “Existem ideias excelentes no ensino público, que precisam ser mais divulgadas e valorizados”, diz Saulo, casado com a bióloga Rosângela, e pai de Taynara, 15, e Davi, 18.