A iniciativa foi colocada em prática com sucesso pela primeira vez no último final de semana, na Radial Leste, no Aero Clube, e se repetirá todos os domingos. No próximo, a ação continuará no bairro, mas, em breve, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel) divulgará um cronograma com os nomes das localidades que receberão o projeto, sempre das 7h às 19h.
“A primeira edição foi um sucesso. Famílias inteiras passaram horas agradáveis em companhia de vizinhos num local seguro e sem riscos de acidentes. Quem não praticou nenhum esporte ou brincadeira, ficou simplesmente conversando, resgatando a importância do espaço público”, ressalta o prefeito Samuca Silva (PV).
Para proteger crianças e idosos, principalmente, e evitar engarrafamentos, guardas municipais isolam áreas para impedir a passagem de veículos. Entrar na área demarcada portando celulares e outros aparelhos digitais não é proibido, mas, segundo os organizadores, os próprios participantes evitam levá-los. “Teve gente que voltou em casa para deixar o celular. Isso é muito gratificante”, diz a secretária Maria Paula Tavares.
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A agente administrativa Cristiane Silva, 39, aprovou a ideia. Ela levou a filha e três sobrinhas para se divertir. “Gostei. Volta Redonda precisa desses espaços para lazer e, principalmente, de momentos que unam parentes e amigos”, comemorou. “Eu e meu vizinho (o contador Ancelmo Villar, 45), moramos no mesmo prédio há quatro anos e só hoje é que paramos para bater um papo. Descobrimos que pescar é nossa paixão e já marcamos até uma pescaria”, contou o eletricista Manoel Pacheco, 50.
Brincadeiras e campanhas educativas
A intenção é aproveitar também a presença das famílias para desenvolver campanhas de defesa do meio ambiente, educação, saúde e cultura. No domingo, por exemplo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente distribuiu mudas de amora, hibisco, dracenas e palmeiras.
Já a Secretaria de Saúde fez campanha de combate ao mosquito da dengue. A ONG Bike Anjo, por sua vez, ensinou crianças a andarem de bicicleta.
A iniciativa da prefeitura agrada especialistas, como a psicóloga e doutora em saúde mental Anna Lúcia King, do Grupo Delete, do Instituto de Psiquiatria (Ipub) da UFRJ. Ela lembra que 10% da população mundial já sofre de dependência tecnológica.