Na reunião, ficou acordado que a comissão participará dos quatro fóruns sobre o porto Foto Ascom/Divulgação

São Francisco - Todas as fases das obras de construção do Porto Central, em Presidente Kennedy, no Espírito Santo (ES), serão acompanhadas de perto por uma comissão criada pela prefeitura de São Francisco de Itabapoana (RJ); o objetivo é avaliar os impactos que o empreendimento possa causar ao município da Região Norte do Estado do Rio de Janeiro.
O grupo de trabalho está oficializado desde o último dia quatro, em ato assinado pela prefeita Francimara Barbosa Lemos publicado no Diário Oficial; é composto por representantes do Gabinete, Procuradoria-Geral e das secretarias municipais de Educação e Cultura; Governo e Relações Institucionais; Planejamento e Desenvolvimento; Obras, Serviços Públicos e Urbanismo; Meio Ambiente; e Trabalho e Desenvolvimento Humano.
Já está programado que a comissão, a partir de agora, participará dos quatro fóruns que acompanham a implantação do porto; a definição foi anunciada nessa terça-feira (09), pelo vice-prefeito de São Francisco, Raliston Souza, na sala de reuniões da prefeitura, onde recebeu representantes do Porto Central.
Raliston considera muito importante acompanhar de perto a chegada do empreendimento, “para que se possam construir juntos os frutos do desenvolvimento”; o vice-prefeito enfatiza: “somos a favor da construção, nosso município está de portas abertas, mas temos muitas preocupações e estamos atentos”.
O vice-prefeito tratou da pauta com a gestora socioambiental do porto, Sueli Tonini, e o engenheiro Jander Benevenuto; todos os órgãos da comissão estavam representados na reunião e pontuaram entre demandas fundamentais, a garantia do uso de mão de obra local.
Outros pontos considerados preocupantes colocados pelos membros do governo são as possibilidades de prejuízos da balneabilidade das praias do litoral sãofranciscano e de mortandade de peixes em Barra do Itabapoana a partir das obras; segundo postagem no portal da prefeitura, a representante do porto reconheceu a previsão de “impactos negativos”.
A preocupação tem a ver, principalmente, com os impactos no decorrer dos trabalhos de dragagem para fixação das estacas; mas, Sueli Tonini ponderou que os efeitos serão temporários e estão previstos no processo de licenciamento ambiental, que foi aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).