HQ do sindicato também faz parte das celebrações dos 40 anos da entidade
HQ do sindicato também faz parte das celebrações dos 40 anos da entidade Reprodução
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - O Sindicato dos Empregados em Edifícios de Niterói (SEEN) - que abrange também São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Saquarema e Araruama - lança, na segunda-feira (22/02), uma nova forma de comunicação com os mais de 20 mil trabalhadores representados pela entidade. Trata-se de uma revista em quadrinhos trimestral que narra o cotidiano dos profissionais e trata de questões trabalhistas e sindicais, como, por exemplo, a conquista dos 3,5% de aumento salarial para a categoria, em vigor desde 1º de janeiro deste ano. (IMAGENS NA GALERIA ABAIXO)
A HQ do sindicato também faz parte das celebrações dos 40 anos da entidade, fundada em 10 de fevereiro de 1981, mas que esteve, em seus primeiros anos, tutelada pelo governo militar, através de um interventor. Somente em 1990, os trabalhadores retomaram, através de eleições democráticas, sua entidade de classe.
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“Este ano não tivemos festa por conta da pandemia. Não comemoramos o aniversário de nosso sindicato, mesmo porque o trabalhador não tem o que comemorar nesse momento crítico da história do país, com milhares de mortos e uma crise econômica catastrófica. Mas, ainda assim, criamos a revista para levar à categoria uma informação precisa e sólida, de um jeito diferente e inédito, com pinceladas de humor e aventura”, explica o diretor do SEEN, José Juvino, idealizador do projeto e autor do argumento para o primeiro roteiro.
A revista em quadrinhos do SEEN descreve as aventuras de Zela a Dor e seu grupo de amigos, todos funcionários de edifícios. Retrata seu cotidiano, além das relações com os empregadores e com os moradores de condomínios. Com diálogos simples e ágeis, a HQ conta com uma equipe editorial jovem e talentosa, integrada por Jeferson Dantas (ilustrações) e Rafael Ventura (desenhos).
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Por se tratar de uma nova forma de comunicação do jornalismo sindical, exemplares de cada edição da revista serão enviados para a Biblioteca Nacional, detentora de um valioso e histórico acervo de publicações de entidades classistas brasileiras.
“Para nós é um motivo de orgulho chegarmos a esse ponto. Uma categoria que, em sua origem, tinha relações trabalhistas análogas ao trabalho escravo, sem direitos e recebendo, às vezes, apenas a comida e uma muda de roupa, agora conta com uma entidade representativa ativa, com uma ampla gama de serviços para seus associados, e um novo meio de comunicação, além dos tradicionais, tanto impressos, quanto virtuais”, destaca Juvino.
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