Obras da RJ-104 atrasam viagens em até 3h, reclamam as autoviações ao DER
Sindicato das empresas de ônibus solicitou ao Estado que recapeamento do trecho na altura de São Gonçalo seja realizado de madrugada
Setrerj disse reconhecer a importância da reestruturação da malha viária estadual, mas pede que os trabalhos sejam realizados no período de menor trânsito - Divulgação / José Messias Xavier
Setrerj disse reconhecer a importância da reestruturação da malha viária estadual, mas pede que os trabalhos sejam realizados no período de menor trânsitoDivulgação / José Messias Xavier
SÃO GONÇALO - As obras de recuperação asfáltica da RJ-104 (Rodovia Amaral Peixoto) têm provocado atrasos de até três horas nas viagens de ônibus municipais e intermunicipais, em consequência de engarrafamentos constantes, que refletem até no trânsito da Ponte Rio-Niterói. A queixa é do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), que encaminhou um estudo técnico ao Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), responsável pelo serviço. Em ofício, a entidade disse reconhecer a importância da reestruturação da malha viária estadual, mas pede que os trabalhos sejam realizados no período noturno, principalmente durante a madrugada, quando o tráfego de veículos é notoriamente menor.
"Somente a empresa Fagundes, com as linhas 484-M (Alcântara-Niterói), 549-M (Santa Isabel-Niterói), 549MS (Sacramento-Niterói), 1721-D (Alcântara-Candelária), 572M (Jardim Catarina-Niterói), 3721-D (Alcântara-Botafogo/Rio), deixou de realizar, em apenas um dia, 203 viagens, em consequência dos atrasos dos coletivos parados nos congestionamentos, prejudicando cerca de 10 mil passageiros", alerta o presidente do Setrerj, Márcio Barbosa, que encaminhou uma cópia do mesmo documento aos órgãos de trânsito de São Gonçalo e de Niterói, além do comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar.
O recapeamento da RJ-104 acontece no trecho do Viaduto do Colubandê até à entrada do bairro de Maria Paula. Circulam por essa via, diariamente, cerca de 59 mil veículos. Os técnicos do Setrerj constataram, por exemplo, que o tempo médio de deslocamento da linha 7721-D (Castelo/Rio - Santa Isabel/SG), entre 17h e 21h38, chega a 4h20m; o da 124-M (Niterói-Itaboraí), 4h18; e o da 511-Q (Imbariê-Niterói), 4h05. Nos horários das 9h às 21h, os veículos, que operam na linha 1721-D (Alcântara/SG-Candelária-Rio), com as obras, perderam nos congestionamentos 6h27 de tempo médio de viagem; e os da 484M (Alcântara-Niterói), 5h14.
“Entendemos a vitalidade dessa obra e os benefícios que ela trará a todos os usuários da rodovia, principalmente aos passageiros de transportes coletivos, mas ela precisa ser feita em um horário que evite os transtornos dos congestionamentos e todos os danos que eles causam, como, por exemplo, atrasos de até três horas nas viagens de ônibus”, explica o líder sindical.
De acordo com o executivo do Setrerj, é fundamental a participação dos órgãos municipais de trânsito e da PM para a solução do problema. “Essas obras, que estão sendo tocadas unicamente pelo DER-RJ, também precisam da coordenação desses órgãos ao longo de todo seu curso”, conclui Barbosa.
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