Rio - "Qualquer passarela que sofresse o impacto por conta do caminhão que estava com a caçamba aberta poderia ter caído". A afirmação foi feita pelo conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) e engenheiro, Eduardo Konig, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, sobre o acidente ocorrido ontem na Avenida Brasil.
De acordo com o Eduardo, não houve erro de cálculo na passarela. O engenheiro ainda ressaltou que as passarelas em áreas urbanas devem ter 4,5 metros de altura, no mínimo, o que permite a passagem de veículos de grande porte. Em rodovias, a exigência é de 5,5 metros.
“A passarela que caiu atendia a essa exigência, já que estava acima dos 5,5 metros. Além disso, nossa equipe não verificou nenhum sinal de desgaste da estrutura. É bom deixar claro que uma passarela definitiva é o desejável, mas mesmo uma construção de concreto dificilmente teria resistido àquele impacto”, avaliou Konig.
O acidente aconteceu na altura de Cordovil, na Zona Norte do Rio. O motorista do caminhão, Jorge Robson Camillo, de 35 anos, morreu. Já um militar da Marinha identificado como Thiago Ribeiro dos Santos, que passava sobre passarela na hora do acidente teve ferimentos leves e foi levado para o Hospital Naval Marcílio Dias.
Testemunhas contaram que a caçamba do veículo abriu no momento em que passava pela estrutura. "Foi de repente e tomamos um susto. A ponte caiu devagar, não desabou de uma vez só", relatou o comerciante Christiano Ferreira, que passava pelo local. O veículo envolvido no acidente tinha nove multas, algumas delas por trafegar em local não permitido.
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