Vargem Pequena, Méier, Grajaú, Glória, Vila Isabel e Rio Comprido aparecem no top da pesquisa com as maiores diferenças entre o preço anunciado e o efetivamente pago e registrado em cartórioAdobe Stock
De acordo com o estudo, pelo menos seis bairros apresentam uma lacuna igual ou até mesmo acima de 30% de diferença entre o que se vê no anúncio e o que foi pago na prática: Vargem Pequena (37,7%), Méier (36,6%), Grajaú (34,8%), Glória (32,7%), Vila Isabel (31,3%) e Rio Comprido (30%). A pesquisa considerou 6.274 transações imobiliárias fechadas em 2021. Foram analisados os bairros com ao menos 22 negócios registrados ao longo desse período.
"Atribuímos essa diferença principalmente à falta de informações fidedignas, tanto de quem está vendendo quanto de quem está comprando. No Brasil - e no Rio não é diferente -, dificilmente as pessoas envolvidas no processo sabem quanto realmente um imóvel custa", explica Fábio Takahashi, gerente de Dados e Conteúdo da Loft. Segundo o executivo, é necessário um tempo até que os dois lados, compradores e vendedores, entrem num equilíbrio em relação ao preço, com desgaste para as duas partes. "Nosso intuito, ao fazer estudos como esse, é justamente ajudar a melhorar a transparência e, consequentemente, tornar a negociação mais rápida e fluida", diz Takahashi.
Detalhes do levantamento
No lado oposto da lista, Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca têm as menores diferenças entre o preço do anúncio e o valor pago - abaixo de 16%. Jacarepaguá e Recreio, aliás, têm o valor do m2 abaixo da média dos bairros da cidade, com R$ 7,4 mil.
Leblon e Ipanema, por sua vez, ocupam posição intermediária - diferença de 26% e 19%, respectivamente. Os bairros que ficam na região mais valorizada da cidade também apresentam os maiores valores de transação - R$ 16,6 mil e R$ 15,5 mil o m2, respectivamente, considerando os preços pagos e registrados em cartório.
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