A neuroarquitetura pode auxiliar no bem-estar e reduzir sintomas de estresse e ansiedade, entre outrosFreepik

Você já ouviu falar sobre Neuroarquitetura ou arquitetura da felicidade? Pois é importante você conhecer este conceito, pois de acordo com especialistas o termo vem da necessidade de que todos buscam o bem-estar. Ainda mais depois de uma experiência tão marcante quanto a do isolamento social durante a pandemia. Se antes, a arquitetura era considerada principalmente, como algo de impacto estético para trazer conforto e beleza ao dia a dia, hoje, a Neuroarquitetura é vista como principal ferramenta para criar ambientes que irão proporcionar não só segurança, conforto e valor estético, como também auxiliar na qualidade de vida e reduzir sintomas de transtornos emocionais, entre eles o estresse, a ansiedade e outros que também podem impactar na saúde física de forma direta ou indireta.

Segundo a neuroarquiteta Germana Lara, a Neuroarquitetura é o estudo científico de como nosso cérebro reage aos espaços em que vivemos, trabalhamos e frequentamos. “O método pode ser usado para ambientes residenciais ou empresariais e oferece milhares de possibilidades para melhorar o dia a dia dos moradores ou trabalhadores", esclarece Germana. E por refletir o impacto que os espaços têm nos seres humanos, a especialista complementa que, ao pensar em um projeto com base neste conceito, todas as soluções são voltadas para esse objetivo. "Por exemplo, ao projetar uma casa, nós entendemos o que é importante para cada indivíduo, como um que gosta de ler, outro de dormir e tem aqueles momentos onde a família quer se encontrar, certo? Então, nós criamos espaços pensados em cada individualidade e também aqueles que serão integrados para a família conviver nos momentos de confraternização", explica.

E neste conceito, claro, tem um espaço especial para a natureza, com a valorização do verde nos projetos. "Isso acontece até na escolha dos materiais que tenham essa referência, como natureza, pedras naturais, texturas, enfim, tudo que estimula os nossos sentidos para que a casa tenha vida", acrescenta a neuroarquiteta.

Resultados positivos na decoração

O conceito não é apenas aplicado na construção do ambiente. Ele pode ser usado também na decoração. "Primeiro, definimos o que a pessoa vai fazer naquele ambiente. Como um quarto, por exemplo, ela quer relaxar, certo? Por isso, nada de estímulos, luz direta, cores fortes e nem muitas texturas, evitamos papéis de parede com muitos desenhos e até quadros decorativos coloridos", sugere.

Se você gostou do assunto e deseja potencializar isso no dia a dia, a especialista dá algumas dicas. "Para se sentir calmo, opte por usar tecidos, tudo que tem um toque suave vai te ajudar a relaxar. No escritório, por exemplo, já temos que ter iluminação que estimule o cérebro a se concentrar melhor e cores que deem estímulo visual ao cérebro. Vermelho, por exemplo, é ótimo para quem trabalha com criatividade", indica. Já no ambiente corporativo, é preciso adotar técnicas parecidas com as do home office. “Lembrando que a empresa precisa ter o espaço de descompressão com elementos relaxantes também, e que o projeto de iluminação deve ser pensando para ir diminuindo a luz ao longo do dia, o que vai evitar fadiga dos funcionários", orienta Germana.