Rio acumulará R$ 26,3 bilhões em dívidas com fornecedores em 2023
Revisão do Plano de Recuperação Fiscal mostra que restos a pagar serão muito maiores do que número apresentado por governo Pezão, que estimou R$ 3,3 bilhões
Por PALOMA SAVEDRA
Rio - O secretário estadual de Fazenda, Luiz Claudio Carvalho, declarou nesta segunda-feira que, ao fim do Regime de Recuperação Fiscal, em 2023, o Estado do Rio terá um estoque de restos a pagar - ou seja, dívidas com fornecedores - de R$ 26,3 bilhões. Carvalho ressaltou que esse número só reforça a necessidade de revisar o plano de recuperação apresentado em 2017 pelo governo fluminense à União, ou então as finanças fluminenses ficarão “insustentáveis”.
O secretário apontou erros na “metodologia de cálculo” no documento apresentado em setembro de 2017 pelo governo anterior à Secretaria do Tesouro Nacional. E que, por isso, houve necessidade de refazer os cálculos.
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O plano entregue pelo governo Pezão indica (ainda está em vigor) que, ao fim do regime, os restos a pagar seriam de R$ 3,3 bilhões. Ou seja, com as novas contas, essa dívida com fornecedores saltou R$ 23 bilhões.
Carvalho deu a declaração durante audiência da CPI da Crise Fiscal na Alerj - presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB).
O chefe da Fazenda fez ainda uma apresentação de alguns itens da proposta de revisão do Plano de Recuperação Fiscal que o governador Wilson Witzel entregou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em 27 de junho.
Com as novas medidas previstas no documento entregue pela nova gestão do Estado do Rio, o ajuste total em seis anos de regime de recuperação (de 2017 a 2023) também mudou. Antes, previa-se um ajuste de R$ 85,8 bilhões, e, agora, a estimativa é de R$ 73,2 bilhões.