Corpo de Bombeiros tem maior déficit: 10 mil profissionais a menos - Gilvan de Souza
Corpo de Bombeiros tem maior déficit: 10 mil profissionais a menosGilvan de Souza
Por PALOMA SAVEDRA
Bombeiros militares, que já trabalham em meio à escassez de pessoal, seguem à espera do cumprimento da promessa do governo Witzel de reajustar o valor do Regime Adicional de Serviço (RAS) da categoria. Nos bastidores, integrantes do Palácio Guanabara trabalham para que a medida possa ser publicada em breve no Diário Oficial.
Isso significa que está sendo elaborada uma nota técnica com todos os cálculos comprovando a viabilidade financeira de aumentar a gratificação. O documento será apresentado ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Estado Rio, que, até o momento, não foi consultado sobre o assunto.
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Fontes ligadas ao governador Wilson Witzel indicam que o objetivo é entregar ao grupo um documento totalmente 'ajustado', que demonstre uma compensação financeira sem deixar dúvidas aos técnicos do conselho. Assim, evita-se cair no mesmo problema que ocorreu em relação ao reajuste do RAS dos policiais militares — neste caso, os conselheiros pediram diversas explicações ao governo.
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Pagamento atrasado
O assunto envolvendo o RAS dos bombeiros voltou a ganhar força após a audiência pública realizada ontem na Alerj. A reunião, organizada pelas comissões de Saúde e Trabalho — presididas por Martha Rocha (PDT) e Mônica Francisco (Psol), respectivamente.
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Na ocasião, as deputadas cobraram de integrantes do Corpo de Bombeiros, como o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Defesa Civil, coronel Claucir Costa, o pagamento em dia do RAS.
Martha lembrou que ainda não foi quitado o regime adicional de junho. E que solicitou informações da pasta. "Há previsão de lançamento ainda essa semana, mas estamos quase em outubro". Questionada pela Coluna, a Defesa Civil não respondeu até o fechamento desta edição.
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Também foi feito o alerta sobre o déficit de pessoal na corporação, que trabalha com menos 10 mil bombeiros do que o previsto na legislação. Atualmente, há menos de 13 mil militares, sendo que a Lei nº 6.170 de 2012 determina que o efetivo seja de 23.475 profissionais.
Costa admitiu que o Corpo de Bombeiros trabalha com o menor efetivo da história, e citou que o RAS é uma forma de compensar esse déficit. "Como estamos com dificuldades para a reposição de efetivo, essa é uma alternativa para minorar o impacto da redução de profissionais", declarou.