Prefeitura do Rio corre contra o tempo para quitar parte do abono - Divulgação
Prefeitura do Rio corre contra o tempo para quitar parte do abonoDivulgação
Por PALOMA SAVEDRA

O funcionalismo municipal do Rio vai amargar uma espera ainda maior pelo pagamento do acordo de resultados de 2016. Conhecida como 14º salário, a gratificação deveria ter sido quitada em julho de 2017. Porém, à época, o governo Crivella adiou essa dívida, se comprometendo a zerá-la no segundo semestre daquele ano — o que não se concretizou até hoje. Agora, também não há previsão de quando a Prefeitura do Rio vai creditar os valores aos servidores.

Questionado pela coluna, o governo não informou uma data para o pagamento. Afirmou ainda que "se esforçou para manter em dia os salários e não conseguiu cumprir o acordo em função das dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior e da crise econômica", agravada pela pandemia.

A prefeitura acrescentou que a dívida deixada pela gestão anterior foi de R$ 13,2 bilhões, "equivalente a 64,74% da receita corrente líquida". E que "antes de terminar o mandato, o antigo gestor cancelou todos os empenhos".

Reivindicação frequente das categorias

O pagamento do acordo de resultados do ano de 2016 tem sido uma reivindicação frequente das categorias municipais. Criado em 2009 no governo de Eduardo Paes, o programa de bônus por metas — chamado pelos servidores também de 14º salário — previa o depósito sempre em julho do ano seguinte.
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Assim, as gratificações relativas ao cumprimento das metas alcançadas em 2016 estavam previstas para serem pagas em julho de 2017. Para adiar essa dívida para o segundo semestre daquele ano, o prefeito Marcelo Crivella editou decreto um mês antes do prazo, alegando dificuldades financeiras.
A prefeitura não respondeu à coluna o valor devido aos servidores. Vale lembrar que o bônus pode chegar a até 100% do vencimento.
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