Esse projeto compõe o pacote de medidas que o governo entregou na terça à Câmara, com objetivo de gerar economia de cerca de R$ 8 bilhões em 10 anos. As mensagens, inclusive, saem publicadas hoje no DO do Legislativo.
Para elevar o desconto do funcionalismo, a proposta altera a Lei 3.344 de 2001, que trata do Regime Próprio de Previdência do Município. O texto, ao qual a coluna teve acesso, prevê novas medidas para capitalização do Funprevi.
CONTRAPARTIDA DO TESOURO
O governo ressalta ainda que a adequação da alíquota de contribuição previdenciária é determinada pela Emenda Constitucional 103/19, que instituiu a Reforma da Previdência nacional.
Ou seja, além do aumento do desconto de servidores ativos, aposentados e pensionistas, a medida prevê a elevação da contribuição patronal (paga pelo Tesouro) de 22% para 28%; a ampliação do prazo da contribuição suplementar até 31 de dezembro de 2055; a incorporação definitiva dos créditos de royalties de petróleo aos quais o município faz jus no caixa previdenciário.
Em relação à previdência complementar, a prefeitura também precisará de aval do Legislativo para criar um fundo próprio ou até para aderir a um já existente. A hipótese de se associar à Fundação RJPrev, do governo estadual, já foi descartada, segundo o secretário de Fazenda, Pedro Paulo.
A previdência complementar será voltada aos futuros servidores que ganharem acima do teto previdenciário (R$ 6.433,57), e também será opcional aos atuais funcionários públicos do Município do Rio.
DÍVIDAS ANTIGAS
No conjunto de medidas para o equacionamento do déficit atuarial do Funprevi está prevista a revogação do dispositivo que isenta o Município do Rio de pagar as dívidas que tinha no passado com o fundo de previdência.
Essa medida pode gerar cerca de R$ 2,8 bilhões ao fundo, apontam cálculos de técnicos da prefeitura.