Ana Luíza, de 14 anos, está desaparecida, há 3 dias, após sair da casa da avó, em Mangaratiba, na Costa Verde
Ana Luíza, de 14 anos, está desaparecida, há 3 dias, após sair da casa da avó, em Mangaratiba, na Costa Verde Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
Há três dias, familiares fazem mobilização nas redes sociais e realizam buscas para encontrar o paradeiro da adolescente Ana Luiza Nunes, de 14 anos, que desapareceu após sair da casa da avó, em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro.
Ana Luiza foi vista pela última vez, na terça-feira à tarde, com duas amigas, em Itacuruçá. A adolescente estava com uma mochila rosa e carregava uma bolsa tiracolo de cor preta. A família comunicou o sumiço à polícia, devido à demora no retorno.
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Desesperada, a recepcionista de pousada Aline Côrrea Nunes, de 34 anos, teme que a filha possa estar sendo aliciada ou em situação de risco. Em postagens nas redes sociais, ela fez um apelo para o retorno e segurança da filha, que tem uma tatuagem, no antebraço direito, com formato de coração e a inscrição ‘Mãe e Vó’.
“Faço um apelo: quem souber do paradeiro ou estiver com a Ana Luiza que a devolva, por favor! Estamos há três dias nesse desespero. Ela é uma adolescente, de 14 anos, inexperiente e pode estar em perigo. Filha, volta para casa! Estamos sofrendo muito com a sua falta”, disse, emocionada, a mãe.
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Investigações- O caso foi registrado na 165ª DP (Mangaratiba). A possibilidade de o desaparecimento ter sido motivado por conflitos familiares não foi descartada, contudo, por se tratar de uma adolescente e estar em iminentes riscos, a polícia faz o trabalho de busca imediata e o aciona as autoridades competentes.
De acordo com familiares, o aparelho celular da adolescente está ligado e os dados já foram encaminhados aos agentes responsáveis pelas investigações. As informações sobre o caso podem ser repassadas aos telefones 190 (Polícia Militar), (21) 2789-2917 (165ª DP) ou pelo 2253-1177 (Disque-Denúncia).
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Casos de desaparecimentos de adolescentes têm maior número de registros, segundo Ministério Público
De acordo com dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o desaparecimentos de adolescentes, entre 12 a 17 anos, correspondem a cerca de 29% dos casos registrados, sendo o maior índice relativo no universo da pesquisa, que abrange cerca de 27 mil casos relatados.
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Em janeiro deste ano, foram registrados 383 desaparecidos no Estado do Rio de janeiro. A Costa Verde faz parte do Sul Fluminense, que contabilizou, no mesmo período, 33 casos, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP).

Inexperiência e aliciamentos pelas redes sociais elevam os riscos das ‘aventuras’, diz especialista
Aventuras envolvendo adolescentes são comuns, contudo, a inexperiência faz elevar os iminentes riscos, sobretudo, quando são aliciados, por estranhos, em redes sociais.
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Portanto, o imaginário coletivo da aventura bem sucedida e o ‘prazer’ momentâneo pela ausência da ‘lei’, representada pelos pais, colocam os adolescentes em um limbo, entre o lazer e a tragédia, conforme, explicam os especialistas.
“Quando o imaginário ganha forma, os adolescentes não medem as consequências e preferem a aventura. Nesses casos, os pais devem ficar sob alerta, sobretudo, quando os filhos ficam muito tempo na Internet ou introspectivos. O diálogo sempre é a melhor forma de prevenção para essas aventuras e desaparecimentos”, alerta Luiz Henrique Oliveira, gerente do Programa SOS Crianças Desaparecidas, da Fundação para Infância e Adolescência (FIA).