Rio - A Beija-flor de Nilópolis divulgou, nesta sexta-feira (29), uma nota de desligamento do coreógrafo da comissão de frente, Marcelo Misalidis. O bailarino integrou a equipe da escola durante nove carnavais e participou da reformulação artística que garantiu o título conquistado em 2018.
Em nota, a diretoria da Azul e Branco agradeceu os serviços prestados pelo coreógrafo e desejou sucesso na continuação de sua carreira. A escola não informou o motivo do desligamento.
"Gostaria de elogiar e agradecer, em nome de toda a agremiação, a dedicação e os trabalhos mostrados pelo Marcelo durante todos esses anos. Que fique registrado o respeito e a amizade construída por toda família Beija-flor durante quase uma década de parceria. Desejo muito sucesso para ele e toda sua família", disse Almir Reis, presidente da Beija-flor de Nilópolis.
A agremiação, última a desfilar no primeiro dia do Grupo Especial do Rio de Janeiro, levou para a Sapucaí uma exaltação ao povo negro e ao seu legado cultural, que garantiu o vice-campeonato. Com uma forte mensagem contra o racismo e o preconceito, a Azul e Branco fez um desfile praticamente impecável, com destaque para as alegorias, que estavam luxuosas e imponentes. O abre-alas trouxe a ave-símbolo da escola também em proporção gigantesca.
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O enredo mergulhou na história da Humanidade e dialogou com a atualidade ao lembrar, na comissão de frente, a morte do americano George Floyd, estrangulado por um policial em maio de 2020. A encenação contou com forte iluminação cênica para impactar os jurados e o público.
Intitulada como “Macuas”, a apresentação que abriu o desfile da Beija-flor, idealizada por Marcelo Misalidis, representou a luta dos povos Malês, os negros muçulmanos trazidos ao país na escravidão, contra o domínio das pessoas brancas. A comissão de frente recebeu três notas 10 e duas 9,9, totalizando 29,9.
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