Luiza Possi - Michael Willian/Divulgação
Luiza PossiMichael Willian/Divulgação
Por Filipe Pavão*
Rio - A época do Natal é um momento único de confraternização com a família e pessoas que amamos, além de ser um período que podemos exercitar os sentimentos de gratidão e esperança com mais intensidade. É essa a mensagem positiva que a cantora e compositora Luiza Possi, de 36 anos, deixa aos fãs após um ano tão atípico para o Brasil e o mundo.
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A cantora vai passar o Natal reunida com a família em sua casa, na cidade de São Paulo. Estarão com Luiza, nessa data especial, sua mãe, a cantora Zizi Possi, seu filho Lucca, de apenas um ano e seis meses de vida, seu marido, o diretor de TV Cris Gomes, e seu tio José Possi Neto.
“Vai ser um Natal de saudades e de esperança ao mesmo tempo. Tenho muita esperança de que meu pai saia dessa”, diz Luiza, que perdeu uma tia para a Covid-19 e está com o pai, o músico Líber Gadelha, internado em decorrência da doença.
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Nas redes sociais, a cantora pediu orações e recebeu apoio de fãs e amigos. “Ele ainda está em estado grave, mas está estável. Cada dia nessa luta, é um dia que a gente ganha. Cada dia é um dia de rezar, agradecer e orar pela vida porque realmente ela nunca esteve tão por um triz como em 2020”, afirma, otimista.
Retorno às raízes
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Se o período de Natal é um ótimo momento para reunir a família, fortalecer os laços de amor e agradecer, o disco “Submersos”, em parceria com o cantor paraense De Maria, é uma boa trilha sonora para a noite da ceia. Lançado em novembro, o disco marca o retorno Luiza às origens de sua família por conter ritmos locais como o xote "Oh, Bela".
“Essa pegada regional tem relação com as minhas raízes. Minha família vem do Acre, passa para Fortaleza, vai para Salvador e chega ao Rio de Janeiro, onde encontra a parte italiana da família. Essa origem e essa veia nordestina é muito forte dentro de mim. Por isso, eu digo que é uma volta às origens. ‘Ôh, Bela’, por exemplo, é bem ‘regionalzona’ e eu gosto muito dela. Ainda vai ser single”, promete aos fãs.
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Além disso, “Submersos” apresenta mensagens que reverberam nas festas de fim de ano, como gratidão e esperança, que são sentimentos tão necessários para finalizar 2020. É um disco leve para ouvir do início ao fim.
“Traz um sentimento de que a gente pode submergir ao caos. A primeira música é ‘Cheiro de Filho’, que fala das coisas boas da vida e que ‘tudo é como tem de ser mesmo’. As coisas acontecem do jeito que elas têm de ser, não tem jeito. Com o disco, a gente queria mostrar às pessoas que esse momento vai passar e momentos bons vão chegar”, conta Luiza.
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Música que cura
Parar de fazer shows e interromper a turnê que fazia com sua mãe, Zizi Possi, não foi fácil, mas foi necessário em decorrência da pandemia. Em casa, a cantora utilizou a música como um refúgio. Além do disco com faixas autorais, Luiza passou a tocar piano diariamente e ainda fez diversas lives, inclusive, com a mãe, que emocionou os fãs.
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“Só a música para eu não enlouquecer. Eu tocava piano todos os dias e, ainda assim, eu enlouquecia em alguns momentos, claro. Quem disser que passou ileso por essa pandemia, está mentido... A gente vai passando como dá e com criatividade também. E eu digo que a música me salvou mesmo. Fazer o álbum durante a pandemia me salvou, tocar piano me salvou”, confessa Luiza.
Apesar da quebra de expectativas, ela busca enxergar o mundo sob uma ótica positiva. Além de estar satisfeita com a produção do disco, ela aproveitou o tempo em casa para conviver mais com o marido e o filho.
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“Eu me aproximei ainda mais da minha família. Estive mais perto do meu marido e do meu filho quando achei que não teria tempo para vê-lo crescer”, diz a mamãe coruja, que eleva o fofurômetro das redes sociais quando compartilha momentos íntimos com o pequeno Lucca.
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Dança dos Famosos
Outra novidade do ano de 2020 foi o retorno de Luiza às telinhas. Ela, que já apresentou o “Jovens Tardes”, foi colaboradora do “Encontro com Fátima Bernardes” e coach do “The Voice Brasil”, se aventurou no quadro “Dança dos Famosos”, da Rede Globo, no qual chegou a semifinal.
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“É bem louco participar de uma competição. Eu me doei por inteiro para esse quadro e ensaiava quando não tinha que ensaiar. Foi uma experiência muito intensa”, conta a cantora, que não descarta fazer um novo show com “paradas para dançar”.
O que esperar de 2021?
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Luiza defende a ideia de as pessoas serem mais flexíveis com elas próprias e não terem planos definidos. “Não esperar tanto da gente, sabe? A gente já está passando uma barra muito pesada. Com o fim da ‘Dança dos Famosos’, tem o meu álbum para divulgar, clipe para fazer... A gente sempre vai inventar alguma coisa, mas se eu te falar ‘ah, tem tal coisa na música’, eu estou mentindo”, revela.
“O que eu tenho é bastante contrato de publicidade para entregar, o que é ótimo, é uma vertente do meu trabalho que está me salvando, mas planos para voltar a fazer shows e lançar ‘Submersos’ nos palcos, eu não consigo fazer. Não sei se vai ter em 2021”, finaliza Luiza, que segue cautelosa em relação à pandemia e esperançosa de poder voltar aos palcos para fazer os shows cancelados em 2020.
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* Estagiário sob supervisão de Tábata Uchoa