Novembro Roxo, um alerta sobre os riscos do parto prematuroReprodução
Dados da Fiocruz e da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas. Esse pode ser um problema que vai muito além de um parto antecipado, pode causar sequelas para a vida da criança.
- Além do risco alto de mortalidade, crianças que nascem precocemente podem ter dificuldades no desenvolvimento digestivo, respiratório, de linguagem e do desenvolvimento global - explica Carlos Moraes, ginecologista e obstetra da Santa Casa de São Paulo.
Bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses. Já a prematuridade extrema ocorre quando o bebê nasce com menos de 28 semanas de gestação, enquanto a prematuridade tardia acontece entre 34 e 36 semanas e seis dias. No entanto, todos os casos podem gerar complicações. As principais são: Bolsa rota/ruptura prematura de membrana; Hipertensão crônica; Pré-eclâmpsia; Descolamento prematuro da placenta; Placenta prévia; Malformações uterinas; Infecções uterinas; Gestação múltipla e Malformações fetais.
Sintomas como contrações a cada 10 minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais, cólica abdominal com ou sem diarreia podem ser sinais de trabalho de parto.
Algumas medidas simples podem evitar que o bebê nasça antes do tempo. São elas:
- Assim que o resultado der positivo, avise seu médico imediatamente. Quanto antes o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto.
- Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas que você já apresentou, história familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê.
- Mantenha-se numa faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista.
- Evite bebidas alcoólicas. Durante a gestação, o álcool pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento.
- Não fume. O cigarro aumenta chances de parto prematuro, do bebê nascer com baixo peso e da morbimortalidade dos recém-nascidos.
- Não se automedique. Mesmo que seja uma simples dor de cabeça ou um enjoo, consulte seu médico para saber o que pode tomar.
- Se não houver restrições, faça atividade física. De preferência, com acompanhamento profissional.
- Não se esqueça do ácido fólico e da vitamina B12. Eles evitam que o bebê desenvolva malformações e danos no sistema nervoso. O consumo do ácido fólico deve ser iniciado antes mesmo da concepção do bebê.
- Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais.
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