Adélio Bispo golpeou Bolsonaro em um comício em Juiz de Fora na tarde de 6 de setembro
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Adélio Bispo golpeou Bolsonaro em um comício em Juiz de Fora na tarde de 6 de setembro Reprodução / Internet
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - A Polícia Federal deve pedir em breve a prorrogação por mais 15 dias do inquérito sobre o atentado a facada contra Jair Bolsonaro (PSL). O candidato à Presidência da República foi golpeado na tarde do último dia 6, por Adélio Bispo, 40 anos, quando fazia campanha no centro de Juiz de Fora, em Minas. Ele foi operado na cidade mineira no mesmo dia e depois transferido para o Hospital Albert Einsten, em São Paulo, onde permanece internado.

Bispo foi preso por agentes da PF e levado para a delegacia, onde confessou o crime. Ele afirmou que agiu por contra própria e "em nome de Deus". O agressor foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e pode ser condenado à pena de reclusão pelo período de 3 a 10 anos, podendo ser aumentada em até o dobro.

O objetivo da prorrogação, segundo fontes ouvidas pela reportagem, é analisar o material obtido ao longo da apuração

Investigação

Bolsonaro está internado no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, desde o dia do ataque - Reprodução / Twitter

Além dos dados encontrados no computador pessoal, celulares e nos locais por onde Bispo passou, a PF também se debruça sobre as imagens de câmeras de imóveis próximos ao local do crime e da pensão onde ele ficou hospedado. Os investigadores também analisam as quebras de sigilo autorizadas pela Justiça para mapear qualquer transação financeira suspeita realizada pelo agressor.

O objetivo da apuração caso a Justiça conceda mais 15 dias é encerrar a apuração sobre a tentativa de homicídio contra Bolsonaro para que Bispo possa ser denunciado. Mas entre os investigadores a expectativa é que a investigação completa sobre o crime não seja encerrada nesse prazo.

Caso essa previsão se confirme, a PF abriria outro inquérito para dar seguimento à investigação sobre a motivação do crime.

Essa nova apuração não representaria uma nova frente de investigação, mas um seguimento do primeiro inquérito para esclarecer a motivação e explicar se Bispo atuou sozinho ou com a ajuda de outras pessoas. Caso essa segunda apuração seja aberta, a expectativa é que ela não seja encerrada durante o período eleitoral.

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