Por gabriel.santos

França - Neymar foi apresentado pelo Paris Saint-Germain na manhã desta sexta-feira, mas sua transferência segue dando o que falar. O sindicato mundial de jogadores de futebol (FIFPro) pediu uma investigação completa sobre a negociação, por conta dos valores envolvidos.

FOTOGALERIA: Neymar é chamado de mercenário pela torcida do Barcelona

Neymar se transformou na negociação mais cara da história do futebolAFP

Entre outros pontos, o comunicado da organização aponta que o equilíbrio do futebol vem diminuindo por conta da concentração de riquezas nas mãos de apenas alguns clubes.

O FIFPro ainda pede que a Comissão Europeia se debruce sobre as regras de transferências, aprovadas no ano de 2001. Segundo a entidade, as mesmas estão defasadas e precisam de uma revisão.

Confira a nota do sindicato na íntegra:

"A FIFPro solicita à Comissão Europeia a investigação do fluxo de dinheiro através de taxas de transferência no território da União Europeia para entender seu impacto no equilíbrio competitivo na região.

A transferência do recorde mundial do brasileiro Neymar, do Barcelona para Paris Saint-Germain, é o último exemplo de como o futebol está cada vez mais sob o domínio de um seleto grupo de clubes ricos, principalmente europeus.

Dado que grande parte da atividade financeira do futebol ocorre na Europa, onde significativos custos de transferência são feitos entre os clubes, a FIFPro solicita à Comissão Europeia que inicie uma investigação aprofundada das regras de transferência que aprovou em 2001 e que agora precisam de revisão urgente.

Estimular a reforma das atuais regras do sistema de transferência é uma prioridade para a FIFPro, a fim de proteger os direitos dos jogadores como trabalhadores e garantir os melhores interesses do esporte.

A enorme riqueza do futebol é uma armadilha, mostram pesquisas, dentro de algumas ligas e clubes, e pode ser redistribuída de forma mais eficiente e justa para ajudar a proteger o equilíbrio competitivo, que é um dos objetivos fundamentais do sistema de transferências.

A FIFPro afirma que um mercado inflado e distorcido, com taxas de transferência crescentes no centro disso, ajudou a destruir o equilíbrio competitivo. As regras de transferência regidas pela FIFA são anti-competitivas, injustificadas e ilegais.

A queixa legal da FIFPro para a unidade de competição da Comissão Européia, apresentada no final de 2015, é projetada para ajudar a reequilibrar o futebol e pôr fim à loucura do mercado de transferência, para o bem do jogo, todos os jogadores, clubes e fãs".

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