Narrador gaúcho fez sucesso na década de 90 com bordões imortalizados e apelidos aos craques do futebol carioca, em especial
Narrador gaúcho fez sucesso na década de 90 com bordões imortalizados e apelidos aos craques do futebol carioca, em especialReprodução/GE
Por O Dia
Natal - A marcante voz que imortalizou apelidos de craques do futebol brasileiro e criou inesquecíveis bordões que ainda insistem em ecoar na memória de uma legião de torcedores se silenciou de vez na tarde desta segunda-feira com a confirmação da morte do ex-locutor Januário de Oliveira, em Natal. Diagnosticado com pneumonia, ele estava internado há 11 dias e não resistiu a uma parada cardíaca. Januário sofria de diabetes e já havia perdido a visão.
Natural de Alegrete, no Rio Grande do Sul, o narrador, que estava com 81 anos, marcou uma geração de torcedores pelo país. Ao emprestar sua voz à rádios ou TV, o locutor gaúcho caiu nas graças dos cariocas, em especial, pela irreverência de suas análises e criação de bordões. Quem não se recorda de frases como: "Tá lá um corpo estendido no chão", "cruel, muito cruel", "sinistro, mas é muito sinistro", "Ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta"...
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Feliz do jogador que tenha ganhado um apelido de 'batismo' de Januário de Oliveira, que valorizou a magia que imperava no futebol carioca na década de 90, em especial. O atacante Ézio foi promovido a 'Super Ézio', quando o locutor soltava a voz para narrar os gols do artilheiro do Fluminense. Apesar das diabruras em campo, Sávio, com dribles e velocidade que infernizavam os marcadores, era chamado de 'Anjo Loiro da Gávea'. A velocidade de Valdeir, atacante do Botafogo, inspirou o apelido de 'The Flash'.
O narrador, que teve passagens marcantes pela 'TVE' e 'Band', deixará saudades, mas para os apaixonados amantes do futebol seus bordões continuarão a ecoar enquanto a bola rolar. Melhor maneira de homenageá-lo não há.