Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, Marta, capitã da Seleção, se posicionou sobre as denúncias de assédio contra Rogério CabocloRichard Callis/SPP/CBF

Por O Dia
Cartagena - Assediadores não passarão. Antes de a bola rolar no amistoso entre Brasil e Rússia, nesta sexta-feira, em Cartagena, na Espanha, as jogadoras da seleção feminina publicaram manifesto em conjunto contra assédio moral e sexual em suas redes sociais. As publicações aconteceram uma semana depois das graves denúncia de uma funcionária da CBF contra o presidente da CBF, Rogério Caboclo, afastado pelo Comitê de Ética da entidade.
Na quinta-feira, a técnica Pia Sundhage já havia quebrado o silêncio e revelado sua perplexidade com a gravidade das acusações de assédio moral e sexual contra Rogério Caboclo. Apesar do foco nos preparativos finais para os Jogos Olímpicos de Tóquio, o tema foi debatido internamente entre as jogadoras e aumentou a expectativa de um posicionamento público.
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O silêncio foi quebrado nesta sexta-feira com a mensagem compartilhada nas redes sociais de todas as convocadas. O texto encoraja denúncias e ressalta que as mulheres são as maiores vítimas desse tipo de crime. Dirigentes como Aline Pellegrino, coordenadora de competições femininas da CBF, e Duda Luizelli, coordenadora de seleções femininas, também participam da ação.

Confira o manifesto na íntegra:

"Todos os dias no Brasil, milhares de pessoas são acometidas e desrespeitadas com cenas de assédio, seja moral ou sexual. Especialmente nós, mulheres.

São brasileiras e brasileiros, vítimas de abusos e atos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo.

Dizer não ao abuso são mais do que palavras, são atitudes. Encorajamos que mulheres e homens denunciem.

Nossa luta pelo respeito e igualdade vai além dos gramados.

"Hoje mais uma vez dizemos: não ao assédio".