Robinho jogava no Milan em 2013, ano do crime de estupro no qual foi condenadoAFP
Justiça italiana pedirá prisão de Robinho no Brasil
Jogador foi condenado por estupro de uma mulher albanesa em 2013
Com a decisão em última instância de condenar Robinho - e seu amigo Ricardo Falco - a nove anos de prisão por estupro, a Justiça italiana já prepara os próximos passos. Além de incluir o nome do jogador de 37 anos na lista vermelha da Interpol em 195 países, o diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça do país, Sefano Opilio, afirmou ao site 'Ge' que entrará com uma ação no Brasil para que Robinho cumpra a pena.
"No caso da impossibilidade da extradição, vamos pedir a execução da pena no Brasil", disse em entrevista ao site.
Com o nome na lista vermelha da Interpol, Robinho não poderá viajar para 194 países (o outro signatário do tratado é o Brasil) por ter um pedido internacional de prisão provisória. Isso só acontecerá dentro de aproximadamente um mês, quando a Procuradoria Geral de Milão encaminhar o pedido ao Ministério da Justiça da Itália.
Atualmente sem clube e morando em Santos, o jogador não será extraditado para a Itália, já que a Constituição de 1988 impede que isso aconteça com cidadãos brasileiros. Por isso o Ministério da Justiça já se prepara para o pedido de execução da pena no Brasil, que será examinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Vítima do estupro, a mulher albanesa falou pela primeira vez após a condenação do atacante em contato com o 'Uol' e fez um alerta às mulheres que vivem o mesmo drama pelo qual ela passou.
"Mulheres, denunciem, não tenham medo de seus agressores porque diante de cada agressor há outras dez pessoas boas prontas a te ajudar: um amigo, um familiar, um policial competente, um juiz, mas, sobretudo, a Justiça", disse.
O crime aconteceu em 2013, em uma boate de Milão, quando o jogador defendia o Milan. Não cabe mais recurso na Justiça italiana.
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