Vista da tribuna de imprensa do MaracanãReprodução/MaiorViagem

Rio - A Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ) publicou uma nota, na tarde desta segunda-feira (21), falando sobre as normas e procedimentos que devem ser seguidos na tribuna de imprensa dos estádios. Isto porque, segundo a nota, dois profissionais de canais de Youtube proferiram palavrões e ofensas na tribuna do Maracanã, no duelo entre Flamengo e Vasco, no último domingo (20).

Ao que tudo indica, um dos profissionais citados é Gabriel Reis, do canal "Paparazzo Rubro-Negro". No intervalo da partida, o Flamengo convidou seus atletas de basquete para comemorarem o bicampeonato mundial da modalidade com a torcida. Na ocasião, Olivinha fez um discurso, e terminou puxando uma música de torcida que alfineta o Vasco.

Quando a torcida Rubro-Negra acompanhou Olivinha e começou a cantar, o influenciador proferiu as seguintes palavras:

"Chupa, p****, chupa, p****, chupa c******", disse o Youtuber enquanto filmava a torcida do Vasco.

Confira o momento, que foi compartilhado pelo próprio influenciador nas redes sociais:



Confira a nota completa da Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro:

É público e notório que o jornalismo esportivo está passando por profundas transformações, desde o advento das redes sociais. A liberdade de expressão, pela qual nós, jornalistas, tanto lutamos, vem sendo atropelada, algumas vezes, pela “lei do vale tudo” que domina a comunicação pela internet. Não deve ser assim.


Jornalistas dos canais de comunicação da mídia não-convencional também precisam observar os limites da ética e da apuração correta da informação. Assim como do respeito às instituições, aos colegas de profissão e aos torcedores de clubes rivais. Vale para todo jornalista.


No recente Flamengo x Vasco no Maracanã, pelas semifinais do Campeonato Carioca houve exageros de dois profissionais de canais de YouTube, proferindo palavrões e ofensas em pleno uso de suas posições na tribuna de imprensa e da credencial da ACERJ. Não é normal e não será tolerável. Todavia, ambos se retrataram e assumiram compromisso de nova postura daqui por diante.


As novas mídias servem de porto para a continuidade do trabalho de jornalistas e têm recebido apoio da nossa entidade para executarem seu ofício da melhor maneira, o que não os isenta de seguirem as normas do jornalismo responsável e da postura ética.


Usar vestimentas de clubes, proferir palavrões, hostilizar colegas de profissão ou torcidas adversárias são atitudes não-condizentes com a função do jornalista. A ACERJ espera estar contribuindo para o enriquecimento da nossa atividade de cronistas esportivos e recomenda a leitura do Código de Ética do Jornalismo.