Andreas comemora o gol marcado no clássico contra o FluminenseAlexandre Vidal/Flamengo

Dois dos mais criticados pela torcida viraram os heróis da vitória de virada por 2 a 1 do Flamengo sobre o Fluminense, no Maracanã, pelo Brasileirão. Com um gol e uma assistência para Gabigol, Andreas Pereira foi decisivo na frente e Hugo, com cinco grandes defesas, garantiu o resultado que pôs fim a um jejum de cinco partidas sem o Rubro-Negro vencer o Tricolor, que abriu o placar com Germán Cano.
O Flamengo voltou a vencer o clássico após 1 ano e chegou a 12 pontos na tabela e, ultrapassando o Fluminense, que estacionou com 11 na primeira derrota sob o comando de Fernando Diniz.
Em um primeiro tempo muito movimentado e equilibrado, o Fluminense foi quem começou melhor. Mais presente no ataque, o Tricolor dominou o adversário e não demorou para abrir o placar, aos nove minutos, com Germán Cano, sempre ele: após escanteio, Manoel desviou e o argentino se antecipou a Ayrton Lucas para abrir o placar e chegar a 19 gols na temporada.
Até os 15, só deu Fluminense, mas o time começou a recuar e esperou pelo Flamengo, que apesar de certa dificuldade, equilibrou o clássico Entretanto, somente aos 32 o Rubro-Negro chegou com perigo, em chute de Everton Ribeiro que passou perto. Um minuto depois, veio o empate com Andreas, em ótimo chute de fora da área. O gol saiu após um cruzamento de Matheuzinho, aproveitando erro de marcação de Yago, improvisado na lateral esquerda.
O Flamengo poderia ter virado com Arrascaeta, após Bruno Henrique driblar Fábio e tocar para o uruguaio que, pressionado pela defesa, chutou mal. E ainda houve tempo para o Fluminense também perder grande chance, com Cano, que não finalizou e Hugo salvou aos seus pés.
No segundo tempo, o equilíbrio aconteceu apenas no início. Se o Fluminense teve duas chances, com Yago e Luiz Henrique, foi o Flamengo quem marcou, aos 11. Em ótima tabela com Andreas, Gabigol virou o clássico e chegou a 16 gols na temporada e nove sobre o Tricolor, sua maior vítima com a camisa rubro-negra. Samuel Xavier ainda tentou tirar, mas a bola já tinha entrado.
O Fluminense sentiu o gol e o Flamengo dominou por alguns minutos, até Diniz colocar o Fluminense mais ofensivo, com Caio Paulista e Matheus Martins. Paulo Sousa também mexeu, com Pedro no lugar de Arrascaeta. O Tricolor então pressionou um acuado Rubro-Negro e o empate só não veio porque Hugo fez grande defesa cara a cara com Matheus Martins, aos 24, e voltou a brilhar em cabeçada de Luiz Henrique, aos 28. 
Entretanto, com as muitas mexidas dos dois times, o jogo esfriou a partir dos 30 minutos. No tudo ou nada, Diniz terminou o jogo sem laterais e com apenas um zagueiro e com seis atacantes. Mas não funcionou e o Fluminense, apesar de pressionar, parou mais duas vezes em Hugo nos acréscimos.
Ao apito final, o goleiro, muito questionado por falhas recentes, foi ovacionado pelos torcedores e abraçado pelos companheiros.