Mesmo bem marcado, Chay foi o principal articulador do Botafogo na derrota para o Goiás Vítor Silva/ BFR

Rio - Adversários na inglória batalha contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2020, Botafogo e Goiás se reencontraram nesta terça-feira, no Estádio Nilton Santos, pela 13ª rodada da Série B, em busca do Eldorado. A derrota por 2 a 0 para o Alviverde só aumentou o nível de dificuldade da aventura do Glorioso. Sem vencer há cinco jogos na competição, perdeu a invencibilidade em casa e caiu para o 14º lugar, com 12 pontos. O Goiás, em contrapartida, voltou ao G-4, na quarta posição, com 23 pontos.
À procura de um substituto para Marcelo Chamusca, demitido, o Botafogo mais uma vez se mostrou perdido no mapa em direção às riquezas e visibilidade da Primeira Divisão. No comando interino, Ricardo Resende não conseguiu encaixar a proposta de jogo contra o Goiás, que começou a distribuir as cartas com Alef Manga no início do jogo. Com boa defesa, Diego Loureiro passou no primeiro teste.
Publicidade
Aos 18, Chay descolou um lançamento açucarado para Rafael Navarro, que, cara a cara com Tadeu, desperdiçou uma chance clara de abrir o placar. Como há coisas que só acontecem ao Botafogo, a resposta adversária aconteceu no ataque seguinte. Na cochilada da defesa, Rezende, livre de marcação, encheu o pé para abrir o placar depois da sobra de uma bola levantada na área. A bola ainda tocou no travessão e não deu chances de defesas a Loureiro.
Pressionado, o Alvinegro não se desesperou com o revés no placar. A posse de bola aumentou, assim como a presença no campo de defesa do adversário. Faltaram agressividade e objetividade para assustar Tadeu. Com pouco espaço, Chay não teve a ajuda que esperava de Marco Antonio e Diego Gonçalves. O inferno astral se confirmou com o gol de Alef Manga, aos 44. Com a ajuda do montinho artilheiro do Nilton Santos, que jogou contra o patrimônio, o atacante que disputou o Carioca pelo Volta Redonda aumentou o drama dos botafoguenses. 
Publicidade
Foi o sinal para Resende iniciar o aquecimento dos reservas. Além do bate-papo no intervalo, o treinador voltou para o segundo tempo com Warley, Matheus Frizzo e Matheus Nascimento no lugar de Daniel Borges, Barreto e Marco Antônio. Sobrou vontade, mas faltou inspiração. As mexidas não funcionaram. Desorganizado, o Botafogo deu ainda mais espaço para o Goiás. 
Atento, Diego Loureiro evitou um prejuízo maior nas bombas de Alef Manga e Élvis. Depois de longos minutos de total falta de imaginação e criatividade, o Botafogo voltou a finalizar com perigo com Rafael Navarro, que, mais uma vez, parou na defesa de Tadeu. E foi só.
Publicidade
Na próxima rodada da Série B, o Glorioso enfrenta o Confiança, 17º colocado, no sábado, às 16h30, no Barretão, em Sergipe. O Goiás terá como adversário a Ponte Preta, 19º, no Moisés Lucarelli, às 20h.
 
Publicidade
 
BOTAFOGO X GOIÁS
Local: Estádio Nilton Santos
Árbitro: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
Gols: 1º tempo - Rezende (24 minutos) e Alef Manga (44 minutos). 
Cartões amarelos: Pedro Castro e Marco Antônio; Caio, Rezende, Élvis e Reynaldo
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

Botafogo: Diego Loureiro, Daniel Borges (Warley), Kanu, Gilvan e Hugo; Barreto (Matheus Frizzo), Pedro Castro, Diego Gonçalves (Ênio) e Marco Antonio (Matheus Nascimento); Rafael Navarro. Técnico: Ricardo Resende

Goiás: Tadeu, Dieguinho, David Duarte, Reynaldo e Artur; Breno, Rezende, Caio Vinícius e Élvis (Dadá Belmonte); Alef Manga (Albano) e Nicolas (Bruno Mezenga). Técnico: Glauber Ramos