Chile sofre, mas confirma primeira vitória na Copa América contra a Bolívia
Na melhor exibição na competição, La Roja abusa de chances perdidas, mas suporta a pressão boliviana no fim
Filho de mãe chilena, Ben Brereton nasceu na Inglaterra, mas é uma das caras novas da La Roja: foi dele o gol da vitória sobre a Bolívia - AFP
Filho de mãe chilena, Ben Brereton nasceu na Inglaterra, mas é uma das caras novas da La Roja: foi dele o gol da vitória sobre a BolíviaAFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Cuiabá - Ainda não foi nesta sexta-feira, em seu segundo jogo na Copa América, que o Chile mostrou seu bom futebol. Após empatar com a Argentina na estreia, a seleção chilena fez uma fraca apresentação na Arena Pantanal, em Cuiabá, levou pressão da Bolívia, mas venceu por um suado placar de 1 a 0.
O gol da vitória foi marcado no início da partida, quando o Chile dominava com sobras. Mas o massacre durou pouco, os chilenos não aproveitaram as seguidas oportunidades de ampliar o placar. E a Bolívia acabou criando as melhores chances durante a maior parte do jogo, porém sem ter a qualidade técnica necessária para buscar ao menos o empate.
Com sua primeira vitória na Copa América, o Chile desponta na liderança do Grupo A, com quatro pontos. O Paraguai, que folga na rodada, ocupa o segundo posto, com três, seguido da Argentina (1) e Uruguai (0). Argentinos e uruguaios entram em campo ainda nesta sexta-feira.
Os primeiros 20 minutos na Arena da Pantanal foram de escancarada superioridade do Chile. Sem enfrentar maior resistência do rival boliviano, o time chileno controlou o jogo, registrou posse de bola de 85% e abriu o placar numa rápida resposta a um contra-ataque da Bolívia. Numa jogada que contou com a participação de todo o setor ofensivo, Brereton completou para as redes, aos 9 minutos.
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Até os 25, o Chile jogava em ritmo de treino, às vezes diante de falhas técnicas flagrantes da Bolívia. O goleiro Lampe era quem sofria as consequências. Foram quatro defesas importantes, três quase em série, entre os 14 e os 16 minutos. O Chile ameaçava de todos os cantos do gramado, em finalizações de longa distância ou em jogadas mais trabalhadas.
Mas, na metade do primeiro tempo, o Chile cansou. Recuou, viu a Bolívia adiantar a marcação e equilibrar o confronto. O goleiro Bravo, enfim, precisou trabalhar. Na melhor oportunidade dos bolivianos, aos 44, Ramiro Vaca mirou o ângulo e mandou rente ao travessão.
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A maior iniciativa da Bolívia seguiu no segundo tempo. A equipe adiantou ainda mais sua marcação e dificultava a saída de bola do rival. Além disso, povoou o meio-campo. Assim, o Chile sofria para alcançar o meio. Quando o fazia, tinha pouco espaço para criar e levar perigo no ataque.
Nem mesmo a qualidade técnica e a experiência de Vidal faziam a diferença no meio chileno. Antes da metade da etapa, o volante foi substituído, sem esconder o incômodo. Se o Chile perdia rendimento, a Bolívia seguia arriscando no ataque. Era dos pés dos bolivianos que surgiram as melhores oportunidades. Diego Bejarano levou perigo em dois lances, aos 27 e aos 34. No primeiro, encheu o pé e mandou rente à trave esquerda de Bravo. No segundo, a bola desviou na marcação e quase enganou Bravo.
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Apesar do maior volume de jogo e da disposição de atacar, a Bolívia sofria com suas limitações técnicas, principalmente nas finalizações. Ao Chile coube respirar aliviado diante do apito final.
A Bolívia folga na terceira rodada e só volta a campo no dia 24, próxima quinta-feira, contra o Uruguai, novamente na Arena Pantanal. Antes disso, será a vez dos chilenos enfrentarem os uruguaios na segunda-feira, também em Cuiabá.
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