Por jessyca.damaso
Rio - A derrota para o Vila Nova por 2 a 1 pode não anunciar uma temporada trágica, mas é um ponto fora da curva na história do Flamengo. As duas últimas vezes que o time perdeu um amistoso de abertura de temporada aconteceram em 1964 e 1994. O técnico Zé Ricardo afirma que a equipe, a mesma de 2016, precisa ainda de ajustes, enquanto o vice de futebol do clube, Flavio Godinho, que ainda corre atrás de reforços no mercado, prefere ironizar os questionamentos.
Zé Ricardo sabe que o Flamengo precisa de alguns ajustes para fazer uma boa temporadaGilvan de Souza / Flamengo / Divulgação

"Alguns ensinamentos precisam ficar mais evidentes, porém, eu vi coisas positivas, que a gente deve tirar como lição. Com certeza, temos de fazer ajustes, porque, semana que vem, temos a estreia do Carioca (sábado, contra o Boavista, em Natal) e precisamos evoluir", disse o técnico Zé Ricardo, após a derrota de sábado, mais disposto a discutir o resultado do que Godinho.

No primeiro compromisso não oficial de 1994, o Flamengo perdeu por 2 a 0 para o Grasshopers, da Suíça. E em 1960, acabou derrotado por 3 a 0 pela Seleção Carioca. Das outras 38 aberturas de temporada com um amistoso, nos últimos 54 anos, o Rubro-Negro venceu 28 e empatou dez. Muitas vezes, contra adversários bem mais fortes do que o de anteontem.

Em seis, o Flamengo iniciou o ano com vitória sobre o Fluminense (1979, 1999 e 2000) e Vasco (1967, 1971 e 1973). Ganhou também nessa situação de Palmeiras (1989), São Paulo (1981) e Atlético-MG (1966) no período.

Em amistosos internacionais, o Rubro-Negro também sempre honrou sua camisa. Bateu as seleções da Jamaica (1998) e da Costa do Marfim (1988), além de ter superado o Atlético de Madrid (1965). Empatou ainda com o Shakhtar Donetsk (2015) e Borussia Dortmund.
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A derrota para o Vila Nova serviu de munição para um ex-aliado da diretoria. Luiz Eduardo Baptista, o Bap, vice de marketing até fevereiro de 2015, criticou, na sua conta no Twitter, a exposição negativa do clube na TV e, ao responder um torcedor, disparou: "Quando as pessoas tomam gosto pela derrota, é tão difícil." O presidente Eduardo Bandeira de Mello, Godinho e o diretor de futebol, Rodrigo Caetano, preferiram não comentar as postagens.