Rio - O gol de Diego despertou nostalgia nos torcedores. Com Zico na arquibancada, o meia marcou belo gol de falta e abriu caminho para a goleada de 4 a 0 sobre o San Lorenzo. A mística da camisa 10 da Gávea nas bolas paradas já inspirou até música de Jorge Ben Jor.
A cobrança convertida por Guerrero no Fla-Flu e a legião de pelo menos nove jogadores que treinam regularmente o fundamento, no entanto, dão novo sentido ao verso “adivinha quem vai bater.” Só nesta semana, o Rubro-Negro fez tantos gols dessa forma quanto em 2014 e 2016..
“Passei as mãos nas pernas e joguei energia para o campo, a pedido de José Aldo (lutador de MMA), que estava do meu lado”, revela Zico, sobre o momento em que viu, da arquibancada do Maracanã, a falta na entrada da área para o novo camisa 10 da Gávea bater.
No ano passado, o Flamengo fez dois gols de falta: Mancuello, na vitória sobre o Boavista por 3 a 0, em 9 de abril; e Alan Patrick, na derrota para o Fortaleza por 2 a 1, dia 18 de maio. O desempenho do time foi melhor em 2015 — marcou cinco. No ano anterior, porém, também só balançou a rede adversária duas vezes dessa forma. Agora, tem um leque de opções.
Além de Diego e Guerrero, Rafael Vaz, Pará, Rodinei, Mancuello, Adryan, Paquetá e Gabriel têm afiado a pontaria no Ninho do Urubu. Alguns se destacam mais, outros menos, mas todos costumam apresentar bom aproveitamento. Para Zico, que pendurava a camisa no travessão, perto do ângulo, a fim de tentar derrubá-la nos treinos de falta, o grupo está no caminho certo.
“Tenho visto na TV, quando passam algo sobre os treinos, que eles estão treinando. O resultado está aí para eles entenderem a importância da repetição. Só isso, porque talento eles têm. Treino com intensidade decide jogos e títulos”, afirmou o Galinho.