Rio - A torcida do Flamengo ainda curte o título carioca. Empolgada, no entanto, não se prende ao passado e já sonha com outras conquistas. Até a tarde de ontem, 22.500 mil ingressos já tinham sido vendidos para a estreia do Rubro-Negro na Copa do Brasil contra o Atlético-GO, nesta quarta-feira, às 19h30, no Maracanã. Em busca de uma nova arrancada, o time conta com o reforço de Ederson que, após dez meses fora, procura recomeçar.
O técnico Zé Ricardo não confirmou a escalação do time, mas havia dito, na véspera, em evento na CBF, que Ederson finalmente voltaria a ser relacionado. Se como titular ou reserva, isso só será revelado minutos antes de o jogo começar.
A ordem, no clube, é que o time não beba da mesma euforia servida no caneco levantado no domingo. A vitória sobre o Fluminense na decisão pode ser usada como motivação, mas sem oba-oba.
"Estávamos ansiosos, precisávamos desse título. Vamos buscar coisas maiores, mas esse título dá confiança. Acho que dá o equilíbrio que a gente precisava. Tranquilidade no Flamengo nunca se tem", ensina Gabriel, já veterano na escola de pressão da Gávea.
"Agora temos que focar. O Carioca passou. Sabemos que uma equipe grande tem ambição de ganhar todos os títulos. Vamos em busca disso. Sabemos que precisamos nos adaptar. Temos que mudar o 'chip'", concorda Trauco.
A tendência é que o treinador opte por uma equipe quase inteira de reservas. Ele mesmo previa, na terça-feira, a necessidade de poupar jogadores. Afinal, foram cinco jogos de caráter decisivo em 15 dias. A ideia é evitar que lesões comprometam a sequência da temporada, já que, além da Copa do Brasil, o Flamengo tem, contra o Atlético-MG, no sábado, às 16h, a estreia pelo Brasileiro, também no Maracanã.
Alguns jogadores que estiveram em campo domingo podem ser aproveitados. Berrío, embora ainda não tenha mostrado a que veio, está com mais gás. Já Guerrero, sobrecarregado desde que Diego se machucou, pode ser poupado. Nesse caso, Leandro Damião deve ser a opção.
"Temos tido partidas importantes, então estamos muito cansados mentalmente. É importante manter a preparação. Obviamente estou um pouco cansado, mas, se o professor quiser que eu jogue, estou pronto para jogar 90 minutos", garante Trauco.