São Paulo - O andamento do trabalho de Mauricio Barbieri depende do jogo desta quarta à noite. Se o Flamengo passar à final da Copa do Brasil, contra o Corinthians, às 21h45, no Itaquerão, o treinador ganha novo gás no cargo, diante da expectativa de um título de expressão. Uma eliminação, por outro lado, mesmo que não provoque uma mudança de comando, deixará à beira do insuportável a pressão sobre ele, tanto interna quanto da torcida.
Numa forma de demonstrar união, Barbieri chamou o grupo de família, logo após o mal-estar de ter substituído Vitinho, que entrara no intervalo, aos 37 do segundo tempo do jogo contra o Atlético-MG.
O treinador não revelou qual time mandará a campo. A insatisfação com o desempenho do camisa 14, de Matheus Savio e de Marlos Moreno e as boas atuações recentes de Willian Arão indicam que pode haver novidades.
Lucas Paquetá tem chance de jogar aberto pela esquerda, com a manutenção do camisa 5 e a volta de Diego à equipe. Independentemente da dificuldade de se conquistar o hepta brasileiro, é a Copa do
Brasil que enche os olhos da diretoria. Em seu último ano de mandato, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, sonha com um título de expressão.
A competição mata-mata reserva premiação milionária. A classificação garante um fim de ano pelo menos
R$ 20 milhões mais gordo ao clube, valor que será pago ao vice-campeão — quem levar a taça fatura R$ 50 milhões e assegura a participação na Libertadores de 2019. Para ir à final, o Flamengo precisa vencer o Corinthians, já que o jogo de ida, no Maracanã, acabou 0 a 0. Em caso de novo empate, a vaga será decidida nos pênaltis.
“É o jogo mais importante do ano, em se tratando de Copa do Brasil. Vamos fazer de tudo para passar, mas não tira a responsabilidade no Brasileiro. O tempo é curto. Tem que pensar na recuperação dos jogadores.
Temos escolhas importantes a fazer. Farei de acordo com as características do adversário”, afirmou Barbieri, antes do treino de terça.