Abraço entre Fernando Diniz e John Kennedy após o título da LibertadoresLucas Mercon/Fluminense

Rio - Fernando Diniz convidou John Kennedy para um almoço, e os dois foram para uma churrascaria na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, após o treino do Fluminense, na última sexta-feira (7). Lá, a dupla teve uma conversa que durou três horas.
Temas como o interesse do técnico em saber como estava a vida pessoal do atacante, pretensões de vida e círculo familiar estiveram presentes no papo. Não houve bronca, nem nada nesse sentido. As informações são do site "ge".
Diniz nunca escondeu o carinho que tem por John Kennedy. No fim de abril, o atacante ficou afastado durante um período por caso de indisciplina e demorou a ser reintegrado porque faltou um treino e se atrasou por mais de uma hora para outra atividade do clube. Ele só retornou em 12 de maio. Ao falar do retorno do jogador em entrevista coletiva, o técnico fez um longo discurso e mostrou felicidade.
"O John Kennedy para nós e para mim, em especial, é um motivo de alegria o retorno dele. É mais uma oportunidade que a vida dá pra ele e dá pra gente também, que é nessa relação que ele está se construindo. E é muito difícil também ser o John Kennedy, porque atrás do John Kennedy tem uma história difícil e diferente, que talvez vocês não tenham acesso. Para isso, precisa conhecer o John Kennedy e conversar com ele. Acho que eu já conversei com o John Kennedy mais de 50 vezes. E a gente sempre quer, de fato, estender a mão e tentar ajudar. E é uma relação que tem também muitas mãos ajudando. E o que a gente tenta fazer e o trabalho, de fato, meu pilar central, é na condição humana dos jogadores", afirmou Diniz, depois da vitória sobre o Sampaio Corrêa, em 22 de maio.
"É uma pessoa que joga futebol, não é uma máquina que joga. E eles trazem dos seus lares... A maioria deles tem uma fragilidade emocional muito grande. Às vezes uma aparente fortaleza, mas quando você se depara com o jogador e vai buscar um pouco mais a sua intimidade, você vê que ali tem um vazio que precisa ser sempre enchido. Eu sempre falo isso: o futebol brasileiro é muito carente em relação a essa tensão que a gente tem que ter. O problema é muito mais psicossocial do que tático, técnico e físico, e a gente tem um olhar muito distorcido para isso", completou.