A vacina pode salvar vidas e faz a diferençaAscom PMG

Por Izaias França
Guapimirim, situado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, lidera o ranking de vacinação contra o coronavírus (Covid-19) por idade em pessoas sem comorbidades na Baixada Fluminense. O município citado é o que está mais avançado nesse aspecto, por ter imunizado, até o momento, pessoas com 43 anos ou mais numa repescagem. A metodologia levada em conta por O Dia, que visitou as redes sociais de todas as prefeituras da região, é a imunização por faixa etária decrescente.
Nesta quarta-feira (23), a cidade vizinha de Magé, por exemplo, vacina com a primeira dose pessoas com 58 anos ou mais sem comorbidades. Em Nilópolis, o público-alvo era de pessoas de 55 anos ou mais, enquanto que Seropédica, pessoas com 55 anos ou mais nascidas entre janeiro e março.
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Já em Itaguaí, a imunização tinha como alvo pessoas com 53 anos ou mais, nesta quarta-feira (23). Em Paracambi, o calendário divulgado pela administração municipal, no último dia 18 de junho, previa a imunização de pessoas com 52 anos ou mais, também hoje. Em Queimados, era a vez das pessoas com 51 anos ou mais, segundo a última postagem divulgada nas redes sociais por essa prefeitura no último dia 19 de junho.
Ainda nesta quarta-feira (23), São João de Meriti faz uma repescagem com pessoas de 50 anos ou mais. Em Belford Roxo, é a vez das pessoas com 49 anos ou mais. E em Mesquita, com 48 anos ou mais.
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Ontem (22) Nova Iguaçu estava vacinando pessoas com 50 anos ou mais. Até a última segunda-feira (21), Duque de Caxias tinha vacinado pessoas com 49 anos ou mais. Em Japeri, a imunização estava destinada a pessoas com 45 anos ou mais.
Guapimirim vacina um terço da população
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Guapimirim já havia aplicado uma soma de 27.431 doses de vacina contra o coronavírus até a última segunda-feira (21), sendo 20.640 para a primeira dose e 6.791 para a segunda dose. O quantitativo de primeira dose equivale a um terço da população guapimiriense, cuja estimativa é de 61.388, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em pouco mais de um ano desde o início da pandemia, o município registrou 167 óbitos e 5.165 casos confirmados da doença.
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O baixo número de óbitos e o êxito na vacinação podem ser explicados pela barreira sanitária instalada em alguns pontos da cidade. O visitante que chega de carro precisa se identificar e passar por agentes de saúde e da Guarda Civil Municipal para checar a temperatura. A entrada só é permitida a moradores e a visitantes que tenham familiares e amigos no município, desde que o acesso seja autorizado por um morador.
O sucesso na campanha de imunização guapimiriense pode ser comparado, por exemplo, com a vizinha Cachoeiras de Macacu, com uma população estimada em 59.303 pessoas – segundo o IBGE –, número equivalente a Guapimirim, cuja imunização lá tem como foco pessoas com 54 anos ou mais. Apenas para registro: Cachoeiras de Macacu não faz parte da Baixada Fluminense. A menção aqui se deve à proximidade e a similaridades com Guapimirim.
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A prática adotada pelo atual governo guapimiriense é mais discreta que a do anterior, do último ex-prefeito, que chegou a colocar barricadas e a “sitiar” o município, no início de 2020, prejudicando, inclusive, o acesso da própria população.