Uma família com uma história toda dedicada à magistratura.Divulgação

O fruto nunca cai longe da árvore que o gerou, como diz o ditado. No mundo da advocacia, não faltam exemplos de pais e filhos que confirmam a sabedoria popular – o desembargador Paulo César Salomão, já falecido, e Paulo César Salomão Filho, que foi presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol; o ex-prefeito de Nova Iguaçu Francisco Amaral e o advogado Luis Cláudio Amaral; ou o ministro Luis Felipe Salomão, com dois filhos que seguiram seus passos, Rodrigo Salomão e Luis Felipe Salomão Filho. Neste Dia dos Pais, filho de advogado, advogado é.
Hoje procurador-geral de Nova Iguaçu, Rafael Alves, de 41 anos, sabia desde sempre que seria advogado. Ainda no ventre da mãe, a advogada Mirian Magali Alves de Oliveira, ele já frequentava o Fórum de Nova Iguaçu. Aos 11 anos, enquanto os amigos jogavam bola, Rafael trabalhava como office-boy no escritório de advocacia fundado pelo avô Odilardo Alves, onde o pai, Marcelo Lopes de Oliveira, também deu os primeiros passos na profissão de advogado.
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“Saía da escola e ia direto para o escritório, lá eu tirava cópias e entregava petições no Fórum. Assim me tornei conhecido entre outros advogados, juízes e desembargadores, que hoje são meus colegas de profissão”, disse.
Inspirado pelos exemplos do pai, do avô e da mãe, na luta pelos direitos de terceiros, Rafael cursou Direito na Universidade Iguaçu e ingressou na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) em 2003, após a graduação. Além de trabalhar no escritório do avô, chegou a atuar como juiz leigo e, há quatro anos, assumiu a Procuradoria Geral do Município de Nova Iguaçu.
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“Sou a terceira geração de procuradores-gerais na minha família. Meu avô também foi procurador-geral de Nova Iguaçu e meu pai, procurador-geral de Belford Roxo”, conta Rafael que, numa homenagem ao avô, colocou seu nome no prédio da Procuradoria Geral, reinaugurado em 2017, mesmo ano do falecimento de Odilardo Alves.
Segundo Marcelo Lopes de Oliveira, Rafael foi uma daquelas crianças que não aceitava um não facilmente, precisava ser convencido com justificativas e argumentos. Para o pai, nunca houve dúvida de que, desde pequeno, ele era vocacionado para o Direito – o que, é claro, sempre foi motivo de muito orgulho numa família de advogados.