Por rafael.nascimento

Rio - O irlandês Kevin Janes Mallon, preso após ser flagrado com 32 ingressos falsos para a Olimpíadas, deverá ser solto a qualquer momento. O que impede a saída dele é a falta de tornozeleira eletrônica que ele deverá usar até o fim do processo. Nesta sexta-feira o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar, autorizando a soltura do acusado, que está preso em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Mallon é diretor da empresa britânica THG, envolvida em um esquema fraudulento de cambismo nos Jogos Olímpicos do Rio.

Kevin Mallon%2C na foto%2C foi preso sob suspeita de falsificação de ingressos para as Olimpíadas Reprodução

A previsão era que Kevin Mallon deixasse o Complexo Penitenciário de Bangu na manhã deste sábado, no entanto até às 12h o preso ainda esperava uma tornozeleira eletrônica. O DIA apurou com uma fonte da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que hoje a instituição não possui nenhum aparelho para que os presos usem.

Além do uso de tornozeleira eltrônica, outras medidas cautelares também foram determinadas para que o irlandês fosse solto, como a entrega do passaporte, que ficará retido com a Polícia Civil. Em nota, a Seap informou que "vem se esforçando para pagar e cumprir seu compromisso junto aos  fornecedores e restabelecer o pronto fornecimento das tornozeleiras".

Kavin Janes foi preso no último dia 5 de agosto pela Polícia Civil e autuado por associação criminosa, marketing por emboscada e facilitação ao cambismo. Segundo a polícia, além dos ingressos falsos, o irlandês vendia entradas oficiais "por preços altíssimos".

O STJ negou habeas corpus ao irlandês no último dia 10, mas nessa sexta-feira a decisão foi revista pelo ministro Ribeiro Dantas. Na manhã deste sábado a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que ainda não havia recebido o pedido de soltura do irlandês. 

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