Corpo de embaixador grego assassinado na Baixada segue para Atenas nesta terça
Homenagens do Governo Brasileiro foram realizadas na Base Aérea do Galeão. Ritual realizado seguiu a liturgia cristã grega ortodoxa
Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - O corpo do embaixador grego Kyriakos Amiridis, assassinado em Nova Iguaçu, na Baixada, seguirá para o seu país de origem nesta terça-feira. Antes da partida, às 11h, homenagens póstumas serão prestadas pelo Governo Brasileiro na Base Aérea do Galeão.
O ritual realizado seguiu a liturgia cristã grega ortodoxa e foi restrito a familiares do homenageado e autoridades federais e estaduais. Como previsto em cerimônias fúnebres de chefes de missão estrangeira, foram prestadas honras militares ao diplomata.
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O embaixador da Grécia em Buenos Aires, Dimitrios Zevelakis, esteve presente na cerimônia representando o governo grego. O subsecretário geral do Itamaraty, José Antônio Marcondes de Carvalho, representou o presidente Michel Temer, que está em Portugal.
Em nome do governo brasileiro, Marcondes prestou condolências aos familiares de Amiridis e destacou a contribuição do embaixador para o fortalecimento da relação diplomática Brasil – Grécia. Na próxima quinta-feira, está prevista outra cerimônia religiosa em homenagem ao diplomata, na Catedral de Brasília. O sepultamento de Kyriakos Amiridis será realizado na Grécia.
Amiridis foi morto pelo policial militar Sérgio Gomes, de 29 anos, amante de sua mulher, a embaixatriz Françoise Oliveira, de 40 anoss. O sobrinho do policial, Eduardo Tedeschi, 24, também participou do crime. Os três estão presos preventivamente pelo crime, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Em seu depoimento, o policial diz que Amiridis pegou uma arma e o ameaçou quando ele pediu para que o diplomata não agredisse mais a mulher, apontada como sua amante. Houve uma luta corporal e o embaixador foi morto por estrangulamento. O corpo foi encontrado, dias depois, carbonizado dentro do seu próprio carro em uma encosta do Arco Metropolitano. Resultados do DNA e da arcada dentária comprovaram se tratar do corpo do diplomata.