Por lucas.cardoso
Restos dos coletivos queimados continuam na ruaWhatsApp O DIA (98762-8248)

Rio - As carcaças dos ônibus que foram queimados nesta sexta-feira na Rua Teixeira de Freitas, próximo aos arcos da  Lapa, durante os protestos contra a Reforma Trabalhista e da Previdência continuam na rua na manhã deste sábado. O local foi isolado pela Guarda Municipal e garis realizam a limpeza das ruas.

As três faixas que dão acesso ao Aterro do Flamengo no sentido Zona Sul estão fechadas. Palco de confronto entre manifestantes e policias, ali perto, a praça da Cinelândia também tem reflexos. Pontos de ônibus com vidros quebrados, lixeiras, pneus e muito lixo queimado.

Maior greve desde 1989

A greve geral desta sexta-feira atingiu cidades de todos os estados do Brasil e teve adesão de milhões de trabalhadores, mas não chegou a parar o país. No fim da sexta-feira de protestos pelo país, sindicalistas e governo cantaram vitória.

Segundo a CUT, o movimento contra as reformas da Previdência e Trabalhista foi a maior greve já realizada no Brasil e teria contado com a adesão de mais de 35 milhões de brasileiros, que foi o número registrado em uma paralisação em 1989. “Não tínhamos uma greve geral desde 1992. Paramos o país”, disse Marcelo Rodrigues, presidente da CUT-RJ.

Já o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, considerou a greve “pífia”. “Não teve a expressão que se imaginava ter”, disse. Mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan, ele havia afirmado que “temos é uma baderna generalizada, não uma greve nacional”.

Na mesma rádio, o prefeito de São Paulo, João Doria, que conseguiu fugir de um bloqueio que os grevistas planejavam em frente à sua casa, chamou os manifestantes de “vagabundos”, dizendo que “são preguiçosos e acordam tarde”.

No início da noite, o presidente Michel Temer divulgou nota mais comedida, na qual afirmou que “as manifestações políticas ocorreram livremente em todo país”. “Houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações.

Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente”.

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