Por gabriela.mattos

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro anunciou, neste sábado, que vai apurar os atos de violência praticados em manifestação no Centro do Rio. Nesta sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista. No entanto, o ato terminou em confronto. PMs jogaram bombas e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e houve muita correria. Além disso, grupos quebraram vidros de lojas, incendiaram ônibus, lixeiras e banheiros químicos.

Manifestantes fizeram barricadas no CentroMárcio Mercante / Agência O Dia

Em nota, o órgão repudiou o ocorrido e disse que todos os episódios de violência serão apurados, tanto em relação aos "excessos praticados pelos agentes públicos que devem garantir o direito legítimo de manifestação, quanto daqueles que depredaram e incendiaram bens públicos e de uso comum".

"Cabe ao MPRJ cumprir o  papel constitucional de defensor dos direitos e das garantias fundamentais da sociedade, além de exercer o controle externo da atividade policial", completou. O MP informou ainda que qualquer ato de violência pode ser comunicado ao órgão por meio da ouvidoria (127 ou pelo site www.mprj.mp.br/ comunicacao/ouvidoria).

MP vai pedir imagens de confusão no Santos Dumont e perto da Rodoviária

Já nesta sexta-feira, o MP disse que vai pedir as imagens que mostram os tumultos no Aeroporto Santos Dumont e perto da Rodoviária Novo Rio. Em vídeos que circulam na Internet, é possível ver uma briga no saguão no aeroporto durante um ato da "Greve Geral". Já em vias próximas à rodoviária, policiais entraram em confronto com manifestantes.

Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal e coordenador da 1ª Central de Inquéritos, o promotor Marcelo Muniz Neves disse que vai oficiar emissoras de televisão, sites e órgãos que também repassem imagens das confusões. Segundo o MP, o objetivo é apurar e identificar os suspeitos de participar do tumulto. "A análise do material pode gerar um procedimento de investigação no MP ou ser remetido à delegacia da área", completou.

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