Rio - O cachorro baleado, na manhã desta quinta-feira, durante um confronto no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, foi atendido na Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) nesta tarde. De acordo com a unidade veterinária, o animal foi atingido por um projétil de arma de fogo e ferido próximo ao membro posterior.
"O cão perdeu muito sangue e estava bem anêmico quando chegou aqui na Suipa. Fizemos uma transfusão de sangue e conseguimos estabilizar o quadro", conta um funcionário da instituição. Os veterinários Luiz Eduardo Castro, Raphael Cunha e Raquel Rocha foram os responsáveis pelo atendimento do cachorro.
Nesta quinta-feira, um homem foi baleado e outro morreu, durante o sétimo dia de operação na comunidade. O homem morto ainda não teve a identidade revelada. Já o baleado foi identificado como Moisés Martins Alves, de 28 anos.
Segundo a polícia, Moisés foi ferido durante confronto com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) na rua da Feira. Inicialmente ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos e depois foi transferido para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
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No momento em que deu entrada no hospital, Moisés disse que era pedreiro. Entretanto a polícia afirma que ele possui anotações criminais por tráfico e associação para o tráfico de drogas e foi preso em flagrante pelos mesmos crimes, além de responder por receptação de veículo roubado.
Ainda de acordo com a polícia, os agentes arrecadaram áudios captados por rádios comunicadores, onde criminosos alertam aos demais traficantes que Moisés e outro homem foram atingidos durante o confronto. Os dois estariam em cima de uma laje atirando contra a polícia.
Violência sem fim
Nos sete dias de confontros entre policiais e traficantes no Jacarezinho, quatro pessoas morreram e três foram baleadas, além de um cachorro que também foi ferido. Entre as vítimas estão o policial da Core, Bruno Guimarães Buhler; o mototaxista, André Luis Medeiros; o verdureiro, Sebastião Sabino da Silva; e o homem morto nesta quinta. Já entre os baleados estão uma mulher de 30 anos, um adolescente e Moisés Martins Alves.
De acordo com a polícia, a operação de hoje tem o objetivo de prender os suspeitos de matarem Bruno. Conhecido como Xingu, o inspetor policial Bruno Guimarães Buhler era considerado um dos maiores atiradores de elite da Polícia Civil, onde estava há sete anos. Ele entrou para a Core em 2014.