O prefeito Crivella e o secretário Pedro Fernandes apresentam pesquisa sobre a população de rua juntos ao público - Divulgação
O prefeito Crivella e o secretário Pedro Fernandes apresentam pesquisa sobre a população de rua juntos ao públicoDivulgação
Por O Dia

Rio - O prefeito Marcelo Crivella apresentou, nesta quarta-feira, ao lado do secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Pedro Fernandes, o resultado do “Somos Todos Cariocas”, levantamento sobre a população em situação de rua na cidade. O evento foi na Sala Cecília Meireles, na Lapa. Com metodologia desenvolvida em parceria com o Instituto Pereira Passos (IPP), a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos mapeou a população que dorme nas ruas. O estudo mostrou que há, hoje em dia, cinco mil pessoas nessa situação. 

Os dados servirão de base para ações em benefício dos moradores de rua. "Aquela impressão que as pessoas em geral têm de que os que estão em situação de rua são todos viciados em álcool ou drogas não é realidade", comentou Crivella, sobre o resultado do estudo. "Muitos estão na rua por causa do desemprego. E sobrevivem com doações ou pequenas tarefas. Essas pessoas, com ajuda, podemos trazer se volta para o mercado de trabalho" completou o prefeito.

 O levantamento é um avanço na gestão, porque vai permitir "um trabalho mais direcionado”, segundo o secretário Pedro Fernandes. Parte dos resultados já foi utilizada como base para outras ações, como os projetos Emancipa Rio, Vaga Social e Independência Social.

"Neste momento, quantos são na rua não é tão importante. O principal desse levantamento é nos permitir saber quem são essas pessoas e quais os problemas delas. Só nos últimos três meses, mais de 1.800 pessoas deixaram a situação de rua", disse Pedro Fernandes.

 A pesquisa de campo

O levantamento foi realizado no dia 23 de janeiro, com a metodologia point-in-time count, que permitiu a atuação de equipes por toda a cidade. Foram 80 roteiros e mais de 600 profissionais envolvidos, que coletaram dados sobre demografia, escolaridade, vivência de rua ou institucional, trabalho e renda, acesso à rede de saúde e à rede socioassistencial.

"Há vagas nos abrigos municipais, que custam R$ 2 mil por mês. Mas é muito mais barato para os cofres públicos, e melhor para as pessoas assistidas, o aluguel social de R$ 450 por mês, para elas serem de novo admitidas em casa. Muita gente sai de casa porque perde a condição de contribuir financeiramente. Voltar para casa é voltar a ter dignidade", comentou Crivella.

Conheça os programas

Emancipa Rio: os acolhidos na rede da Prefeitura vão receber uma bolsa mensal, no valor de R$ 400, para auxiliá-los a sair do abrigo e garantir autonomia e independência. Será pago por meio do programa aluguel social e já começa em abril com cerca de 350 pessoas. São seis meses inicialmente, que podem ser estendidos por mais seis, dependendo da avaliação mensal feita pela equipe de assistentes sociais.

Vaga Social: o decreto nº 44228, de 31 de janeiro de 2018, instituiu 5% das vagas terceirizadas de emprego em firmas contratadas pela Prefeitura.

Independência Social: oferece cursos a abrigados. Atualmente há capacitação para servente da construção civil, jardinagem, cuidador de idosos, noções básicas de manipulação de alimentos, orientações para embelezamento e esteticismo, orientação de autocuidados, auxiliar de serviços gerais, camareira (hotelaria), inglês, informática e bartender. Esses cursos são oferecidos por instituições parceiras, como a Fundação Leão XIII, a Fundação Parques e Jardins e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

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