Menino teve a cabeça enfaixada - Reprodução Facebook
Menino teve a cabeça enfaixadaReprodução Facebook
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Um ventilador de teto despencou e feriu a cabeça de um estudante de 6 anos de idade, dentro da sala de aula do 1º ano da Escola Municipal Eliete Ferreira, localizada na Rua José Jorge dos Reis Meireles, no bairro Vista Alegre, em Barra Mansa, no Sul Fluminense. O acidente, cujas causas já estão sendo investigadas pela Secretaria Municipal de Educação, ocorreu no turno da manhã, e assustou os mais de 30 alunos da turma. Kaio, que teria chegado a desmaiar com o impacto do equipamento – que pesa cerca de quatro quilos -, levou pontos na cabeça. Uma atadura foi colocada no ferimento.

Indignados, parentes do menino estão usando as redes sociais para denunciar o caso, que foi registrado na 90ª DP (Barra Mansa). Segundo informações do governo municipal, o secretário de Educação, Vantuil de Souza, teria acompanhando o socorro ao estudante. 

“Deus te agradeço por tudo...Depois desse triste episódio com Kaio, repensem nessa reforma que a escola Eliete ferreira de Oliveira esta precisando. Esse ventilador que caiu na cabeça do meu filho poderia ter matado ele”, desabafou Gilliane Paula, em seu perfil no facebook. “Estamos indignados, porque o socorro teve que ser feito pela própria mãe, que mora perto e foi avisada. A direção da escola não chamou sequer uma ambulância ou os bombeiros. Os médicos da Santa Casa de Misericórdia (onde o Kaio foi atendido) acharam um absurdo. Kaio disse que a sorte é que ele estava com a cabeça abaixada, fazendo dever, na hora que recebeu o impacto”, completou a tia do estudante, Tina Pedrosa.

Outros pais usaram as redes sociais para protestarem também. Segundo eles, a Escola Municipal Eliete Ferreira faz parte das escolas denunciadas em protestos no mês passado, por supostamente estarem sem estruturas básicas para funcionar em período integral, sistema instituído pela prefeitura a partir de 1º de março. “As escolas têm estruturas precárias e foram preparadas às pressas. Mais cedo ou mais tarde acontecerá uma tragédia. Hoje foi só um aviso”, alertou X., de 32 anos, mãe de A., de 7 anos, que estuda no mesmo colégio.

No mês passado, o governo municipal informou, em nota, o período integral é necessário para “atender as demandas da educação”, com a construção e adaptação de novas salas e módulos educacionais, com aquisição de móveis e equipamentos para melhor funcionamento das unidades. Os alunos da educação integral ficam nas escolas, conforme o a Secretaria de Educação, de 7 às 17 horas, recebendo conteúdos além da grade curricular tradicional, como oficinas e aulas de xadrez educativo, musicalização, artesanato, empreendedorismo, formação profissional, robótica, atividades esportivas e ensino de línguas – espanhol, francês, inglês e alemão – para alunos do 6º ao 9º ano, e inglês e espanhol – para alunos do 1ª ao 5º ano. O projeto prevê cinco refeições diárias, com café da manhã, colação, almoço, lanche da tarde e jantar. As escolas foram adaptadas ainda para que os alunos tomem banhos após a prática de atividades físicas. “Na prática, tudo isso não funciona. É balela”, garantiu o pai de um estudante.

Em nota, a Secretaria Municipal de Barra Mansa informou que "prestou toda a assistência ao aluno ferido" e que "arcará com todas as despesas referentes ao atendimento médico". Ainda segundo o comunicado, investigações preliminares, realizada pela Gerência de Manutenção Escolar da secretaria de Educação, apontam que a causa do acidente se deve a quebra de um pino de sustentação sob a canopla de proteção do ventilador. "O ventilador estava em bom estado de conservação e não apresentava defeito", diz trecho da nota.

A pasta também disse que "a vice-prefeita de Barra Mansa, Fátima Lima, está acompanhando o caso de perto". "Por determinação do secretário, todos os ventiladores de teto da escola foram retirados e estão sendo substituídos por ventiladores de parede, posteriormente todas as salas serão equipadas com ar-condicionados. Será feita uma verificação em todas as unidades escolares do município. As escolas serão beneficiadas através do programa municipal Escola Legal que destina recursos para manutenção preventiva e corretiva, entre outras ações", finalizou a secretaria.

 

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