Agente penitenciário é baleado por PM após discussão em hospital na Baixada - Severino Silva
Agente penitenciário é baleado por PM após discussão em hospital na BaixadaSeverino Silva
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um encontro extraconjugal terminou em briga e tiros dentro do Hospital Municipal Moacyr do Carmo, na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite desta terça-feira. Segundo a Polícia Civil, os envolvido são: o diretor da unidade — um policial militar lotado no 15° BPM (Duque de Caxias) — e um enfermeiro da local, que é agente penitenciário da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). Por conta do incidente, o diretor administrativo foi exonerado e o agente será demitido. 

O agente penitenciário Fábio Leandro Neves Nunes, de 38 anos, teria se encontrado com Adriene Sttefanny da Silva Guerra, 24, dentro do hospital. Pouco depois das 20h, a mulher tentou ir embora, mas teria sido impedida por Leandro. Ela decidiu, então, pedir ajudar a Rafael Araújo Resende e Silva, de 37, diretor da unidade.

Por volta das 21h, Fábio, com ciúmes e raiva, invadiu a sala em que Adriene e Rafael estavam. Durante a confusão, o agente teria quebrado o vidro da divisória da sala, e Rafael deu um tiro de advertência para o alto. O enfermeiro, porém, insistiu e conseguiu arrombar a porta do cômodo. Nesse momento, Rafael deu outro tiro e atingiu Fábio na perna direita.

Após a confusão, Rafael ligou para o batalhão e contou o que tinha acontecido. Enquanto isso, Fábio foi atendido no próprio Moacyr do Carmo. Seu estado de saúde é considerado estável.

Acompanhado de policiais do batalhão de Caxias, Rafael e Adriene seguiram para a 59ª DP (Duque de Caxias), onde registraram um boletim de ocorrência.

Em nota, a Polícia Militar acrescentou que o agente tentou pegar a arma do policial e que, por isso, ele foi baleado. A corporação informou que abriu um procedimento para apurar as circunstâncias do caso. Inicialmente, a ocorrência foi registrada na delegacia como lesão corporal. No entanto, o delegado Flávio Rodrigues disse que só após o fim das investigações será possível concluir se o crime será tipificado como lesão corporal ou legítima defesa.

Nesta manhã, policiais da 59ª DP estiveram no hospital e intimaram todos os funcionários que estavam no local no momento do crime. Eles deverão prestar depoimento nos próximos dias.

Em nota, a prefeitura informou que foi notificada pela Secretaria Municipal de Saúde sobre o incidente, mas ainda apura o caso. "A Prefeitura esclarece que ainda não sabe os motivos que levaram ao desentendimento e em que circunstâncias a confusão teria acontecido. Todas as medidas necessárias já estão sendo tomadas para apurar o caso. A Prefeitura ressalta que não admite atitudes violentas e irresponsáveis dos funcionários e esclarece que, além dos dois envolvidos no incidente, que já foram afastados, não houve mais feridos”", completou. O município informou que a sindicância que vai apurar o episódio ficará pronta nas próximas 72 horas.

 

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